Klabin realiza testes para retomada de exportação de bobinas de papel por meio de breakbulk
A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, realizou testes para retomada de exportação de bobinas por meio de breakbulk. Trata-se de uma modalidade de embarque marítimo que permite o transporte de cargas sem a utilização de contêineres. A operação, realizada em Paranaguá, transportou cerca de 15 mil toneladas de celulose e 800 toneladas de papel e foi realizada com sucesso. Essa operação não era realizada no Brasil há mais de 15 anos. Com as recentes transformações no serviço de transporte marítimo internacional e com as novas tecnologias incorporadas no processo, a companhia avalia como positiva e viável a retomada dessa modalidade, sendo uma importante opção de embarque. “Essa operação nos abre uma possibilidade muito importante de otimização dos custos logísticos. Além das questões de mercado, a estabilidade alcançada na nossa atual operação de celulose nos motiva a buscar essa condição operacional híbrida”, afirma Sandro Ávila, diretor de Planejamento Integrado. Os embarques breakbulk já estão em regime operacional na Unidade de Celulose da Klabin, movimentando cerca de 75 mil toneladas de celulose por mês. Adicionalmente, a Klabin embarca outras 45 mil toneladas de papel em Paranaguá, que ocorrem via contêiner.
Porto de Itaguaí é o mais novo corredor de exportação de algodão em contêiner
O Sepetiba Tecon, terminal portuário localizado em Itaguaí, RJ, embarcou em outubro último os primeiros contêineres carregados com algodão em fardos para exportação. Essa foi a primeira vez que o Estado do Rio de Janeiro foi usado como corredor de exportação dessa commodity. Os fardos de algodão, produzidos na Bahia, seguiram para a Ásia, principal mercado consumidor desse produto, e o terminal foi o responsável pelos processos de ovação, desembaraço aduaneiro e por toda operação de embarque. A decisão de exportar um produto, com origem no Nordeste, por um terminal portuário localizado no Rio de Janeiro, se deu pela eficiente infraestrutura oferecida pelo Sepetiba Tecon e por sua localização estratégica. O terminal está instalado em um ponto de convergência das principais rodovias brasileiras, o que permite operações logísticas dinâmicas e econômicas, e possui o maior calado da costa leste da América do Sul, 15,40 m, o que proporciona a atracação de grandes navios.
Dragagem no Porto do Rio Grande incentiva competitividade logística do Rio Grande do Sul
A movimentação crescente de cargas no Porto do Rio Grande, no Sul do Estado do Rio Grande do Sul, ganhou um novo impulso a partir de outubro último, quando teve início a dragagem de manutenção do canal de acesso. A operação prevê a retirada de cerca de 16 milhões de metros cúbicos de sedimentos depositados no canal. Ela será integrada ao SiMCosta, um sistema que utiliza boias especiais para medir as correntes marítimas e monitorar o material dragado. Com duração prevista de dez meses, a dragagem será realizada pelo consórcio das empresas Jan De Nul e Dragabrás e contará com investimento de cerca de R$ 300 milhões do governo federal. De acordo com o diretor-superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, a execução da dragagem fará com que o porto mantenha a capacidade plena de movimentação de cargas. “Todos os contratos poderão ser cumpridos sem atrasos e dentro da cota máxima do calado de 12,8 metros de profundidade”, comemora. “O setor produtivo inteiro será atendido, inclusive a próxima safra de soja. Com a segurança de navegação proporcionada pela dragagem, o Rio Grande do Sul alcançará um novo patamar de competitividade frente a outros Estados.” Depois de finalizada a dragagem de manutenção, o Porto do Rio Grande poderá receber navios com até 365 metros de comprimento – 29 m a mais em comparação às embarcações que atualmente acessam o canal. Para isso, serão entregues os estudos necessários para que a Marinha do Brasil homologue o novo calado do Superporto.
DHL coordena maior embarque marítimo de pás eólicas no Brasil
A DHL Global Forwarding geriu para a Vestas o projeto logístico que transportou 84 pás eólicas da fábrica da Aeris, localizada a 17 km de Fortaleza, até o Porto de Pecém, no Ceará. Multinacional de origem dinamarquesa, a Vestas é líder mundial na produção de turbinas de energia eólica. As pás foram embarcadas em um único navio para exportação, sendo a maior operação como esta já realizada no Brasil. Além do elevado valor, as pás eólicas têm 54 m de comprimento e pesam mais de 12.000 kg, exigindo um planejamento operacional especial que observe as restrições de circulação e monitore o movimento do trânsito. O transporte faz parte de um programa maior de exportação que teve início no começo do ano e deve terminar no primeiro trimestre de 2019 com a movimentação de um total de 600 pás eólicas. Com grande experiência, nacional e internacional, no transporte de cargas ultrapesadas e sobredimensionadas, a DHL montou uma solução envolvendo uma carreta especial extensível e dois guindastes especiais. As pás foram transportadas por via rodoviária em lotes de seis por dia e empilhadas em três alturas, a baixa velocidade (20 a 30 km/h). No Porto, as pás foram desembarcadas do caminhão e estocadas em um armazém até a movimentação final ao berço de embarque para o navio. Essa operação se desenrolou ao longo de 15 dias, sendo quatro apenas para o embarque no navio. A DHL foi responsável, ainda, pelo desembaraço aduaneiro das pás, que foram exportadas para os EUA.