Docas do Rio assina contrato para continuidade da operação da Petrobras. E também vai arrendar novos terminais
A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) assinou, no dia 26 de fevereiro último, contrato de transição com a Petrobras no intuito de garantir a manutenção das operações da empresa no Porto do Rio de Janeiro, que é uma das principais bases de apoio offshore do país para a exploração dos campos de pré-sal da Bacia de Santos. Considerado muito importante para a economia do município e do Estado, o contrato tem validade de seis meses e foi autorizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), que também permitiu a celebração de outros contratos subsequentes até que seja realizado o certame licitatório da área. O próximo passo é a elaboração de um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para prosseguir com o processo de arrendamento em definitivo do terminal.
Novos terminais nos portos – Técnicos da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) e da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) do Ministério da Infraestrutura fizeram uma visita técnica à Docas do Rio, entre os últimos dias 10 e 12 de março. O objetivo foi iniciar os procedimentos para arrendamento de alguns terminais nos Portos do Rio e Itaguaí. No primeiro dia da visita, o grupo se reuniu com a equipe comercial da Autoridade Portuária para tratar da visão estratégica da CDRJ sobre os três terminais, com os gestores da Superintendência de Gestão Portuária do Rio de Janeiro e Niterói e, por videoconferência, com empresas interessadas nos terminais. Os técnicos visitaram, no segundo dia, as áreas a serem arrendadas no Porto de Itaguaí e se reuniram com a equipe técnica da Superintendência de Gestão Portuária de Itaguaí e Angra dos Reis para tratar sobre infraestrutura aquaviária. No terceiro e último dia da visita, os técnicos visitaram o Porto do Rio de Janeiro, inclusive a área a ser arrendada e se reuniram com a equipe para traçar as diretrizes de licitação.
Porto de Imbituba realiza embarque piloto de coque em contêineres
No início de março foi concluído no Porto de Imbituba um embarque inaugural de coque calcinado, utilizando contêineres para transporte do granel mineral. A movimentação de cerca de 14 mil toneladas ocorreu no navio Nord Montreal, atendido no Cais 2, e contou com o suporte do portêiner. O novo projeto logístico visa uma operação mais limpa e eficiente, visto que a carga chega ao cais no contêiner e é despejada diretamente no navio. Dois novos embarques nesta modalidade já estão previstos para ocorrer em Imbituba.
De acordo com a ILP e a Sanry, responsáveis pela operação piloto de coque calcinado em contêiner, a proposta é implantar gradualmente esse sistema de transporte, tendo em vista os benefícios que ele proporciona. Dentre eles, destacam-se a maior capacidade de armazenamento nos caminhões e o uso de um sistema automatizado de embarque, que traz mais segurança operacional, além de evitar impactos ao meio ambiente. O coque calcinado exportado através do Porto de Imbituba tem origem em Cubatão, SP, e segue com destino aos portos do Canadá. A Simonsen fez o agenciamento do navio, que também recebeu o carregamento de 20,3 mil toneladas de coque não calcinado, por meio do tradicional modelo de embarque com guindaste MHC (sobre rodas).
Santos Brasil dá início à operação no Terminal Saboó
A Santos Brasil começou a operar o terminal logístico Saboó, localizado na margem direita do Porto de Santos e com cerca de 42.000 m² de área total dedicada ao recebimento, armazenamento e carregamento de carga geral e cargas de projeto. O contrato transitório foi assinado em 2020 e a autorização da Receita Federal para operação saiu no dia 2 de fevereiro. Em janeiro deste ano, a Santos Brasil venceu outra licitação para exploração de mais uma área transitória no Saboó, com 64.000 m², que será destinada à movimentação de contêineres vazios, além de carga geral e de projeto. De acordo com Antônio Carlos Sepúlveda, presidente da Santos Brasil, o Saboó, por sua localização na entrada da cidade, é estratégico para o porto e ideal para a movimentação de cargas de projeto, carregamentos com dimensão e peso de grandes proporções e fora de padrão e de carga geral. É também muito importante para a descarga de fertilizantes por ser a única área ainda disponível no porto público para esse tipo de carga. “Com os arrendamentos reforçamos a nossa presença no porto de Santos para atividades além do contêiner, buscando sinergia com os nossos atuais clientes”, diz. O investimento nestes dois terminais faz parte do novo direcionamento da Santos Brasil que prevê a diversificação e expansão da sua atuação para setores desassistidos e que tenham sinergia com suas atuais operações, de forma a compor seu portfólio e reforçar sua participação no mercado portuário, ampliando a conectividade com os serviços logísticos ofertados à sua base atual e potencial de clientes. Em Santos, além dos terminais do Saboó, a Santos Brasil opera o Tecon Santos (terminal de contêineres) e o TEV (Terminal de Veículos) e conta com dois terminais alfandegados (Clias) estrategicamente posicionados em cada uma das margens do porto. Por meio da Santos Brasil Logística, a empresa atua na prestação de serviços de logística integrada in house e operações 3PL (Third-Party Logistics).
Iniciado plantio de 200 hectares de Mata Atlântica no Complexo de Suape
O Complexo de Suape, em Pernambuco, deu mais um passo em favor da preservação ambiental. Dando continuidade às ações de restauração florestal do território, foi iniciado o plantio de 200 hectares de mudas da Mata Atlântica na Zona de Preservação Ecológica de Suape, que deve ser finalizado no próximo mês de junho. Desde 2011, Suape já plantou cerca de mil hectares do bioma e, nessa etapa de restauração, serão utilizadas mais de 300 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica para cobrir os 200 hectares. O processo de restauração começa com a produção das mudas destinadas ao plantio. Suape possui um Viveiro Florestal, localizado no Engenho Algodoais, no Cabo de Santo Agostinho, PE, com capacidade de produzir 450 mil mudas ao ano de 78 espécies nativas da Mata Atlântica. As mudas são plantadas utilizando as técnicas de plantio total, preenchimento ou enriquecimento. Após essa etapa, as áreas são monitoradas e cuidadas até que o órgão ambiental constate que estão plenamente restauradas. Em 2011, o Plano Diretor Suape 2030 aumentou a Zona de Preservação Ecológica de 45% para 59% do total do território do Complexo de Suape. São áreas de Mata Atlântica e ecossistemas associados (restinga e mangue) destinadas à preservação dos recursos naturais. Também em 2011, foi implantado o Projeto de Restauração Florestal. “O compromisso de Suape é preservar e conservar a ZPEC, restaurando áreas que necessitem de intervenção. É um grande desafio, já que toda ZPEC soma quase 8 mil hectares, mas temos certeza de que vamos conseguir atingir a meta acelerando, a partir de agora, o plantio das áreas”, explica Carlos Cavalcanti, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape. Para a execução dos serviços de plantio e manutenção dos quase mil hectares em processo de restauração, Suape contratou o consórcio Reflore Brasil, formado pelas empresas Ambientagro Engenharia e Embaúba Ambiental, com investimento de R$ 5,2 milhões em 2021 e contrato com duração de quatro anos.