Com o objetivo de revisar e atualizar o modelo
de contratação das empresas de transporte da fabricante
de papel-imprensa Norske Skog Pisa, a Modus (Fone: 5506.2730), consultoria
nacional de Supply Chain e processos logísticos, desenvolveu
um projeto que utiliza uma ferramenta de simulação
de fretes técnicos. Segundo Antonio Bolzani Neto, diretor
da Modus, a solução é responsável por
lançar os valores adequados e compatíveis com a realidade
de mercado.
“Este projeto teve início em novembro do ano passado
e seu escopo está relacionado a uma avaliação,
ou reavaliação, estruturada de nosso modelo de contratação
de transporte”, afirma Rodrigo Ribeiro de Souza, gerente regional
de logística da Norske Skog South America. Conforme explica,
a primeira fase, de um total de três, já foi finalizada.
Nesta fase foi realizado um levantamento preliminar das condições
existentes e também indicadas algumas possíveis soluções
e modelos alternativos. A conclusão do projeto está
prevista para o ano de 2007.
O benefício proporcionado pelo novo sistema é uma
melhor capacidade de tomada de decisão obtida por meio da
apresentação de informações de mercado
e de uma abordagem técnica do comportamento de preços
de frete.
Na elaboração, consultores trabalharam integrados
na Norske por aproximadamente 40 dias. Foram realizadas análises
internas dos processos logísticos da empresa e, também,
avaliação das condições externas, por
meio de entrevistas com os transportadores e, também, com
outras indústrias da região.
E, falando nas transportadoras, Souza, da Norske, conta que houve
um grande nível de transparência durante toda a execução
do projeto. As transportadoras foram formalmente convidadas a participar
e sua tarefa inicial foi responder a um questionário que
visava obter informações objetivas de aspectos que
impactam seus negócios e suas atividades. Na seqüência,
elas participaram de entrevistas conduzidas pelos consultores da
Modus, informa o gerente.
O maior benefício para as transportadoras está no
custo do frete, segundo Bolzani Neto, da Modus. Ele explica que
os fretes técnicos são construídos dentro de
um conceito de utilização da frota e buscando que
a operação reduza ao máximo os tempos mortos,
como os de fila e de esperas para carregamento e entrega. “Quanto
maior a utilização, maior a distância percorrida
pela frota e menor será o tempo de parada do caminhão
e, assim, o custo fixo fica remunerado pela alta utilização
da frota, o que reduz o custo do frete”, relata.
Atualmente, um caminhão a serviço da Norske leva duas
horas para ser carregado, um tempo que possibilitou aumentar a produtividade
da frota, fazendo os veículos realizarem mais viagens no
mesmo período de tempo, trazendo vantagens para o transportador
e para o embarcador.
A NECESSIDADE
Estas revisão e atualização do modelo de parceria
com transportadoras foram necessárias pois, há cerca
de 9 anos, a Norske apostou em um pool formal composto por cinco
empresas, que se apoiava no cálculo de remuneração
por fretes – ao contrário do que era praticado até
então, quando os valores eram calculados com base nos critérios
de mercado.
O seu principal objetivo foi garantir disponibilidade de transportes
às operações e aperfeiçoar o modelo
de contratação de transporte, além de restringir
o número de transportadoras envolvidas e atrelar o trabalho
a um contrato de remuneração por resultados. Neste
modelo, as transportadoras com boa atuação eram premiadas
com mais cargas, enquanto aquelas com resultados menos expressivos
sofriam redução e até mesmo a eliminação
de cargas; e em último caso poderiam ser substituídas.
Apesar desta idéia de utilizar o pool garantir bons resultados
em termos de confiabilidade dos serviços, a empresa vinha
enfrentando sérias dificuldades no que diz respeito à
remuneração. “Por tratar-se de um modelo fechado,
um pool de empresas de transporte pode criar um efeito de isolamento
de mercado. Fato que pode gerar distorções nas referências
de tarifas e reajustes a serem aplicados”, diz Souza, da Norske.
De acordo com Bolzani Neto, da Modus, um dos principais transtornos
enfrentados pela fabricante de papéis estava na falta de
referência dos preços do mercado.
Foi aí que surgiu o novo sistema, já em aplicação,
propiciando à empresa o acesso a novas referências
de mercado, abrandando possíveis aumentos de custos. “Embora
a conclusão do projeto leve ainda alguns meses, o clima na
organização é de tranqüilidade e clareza
com relação às mudanças programadas”,
acreditam os representantes da Modus e da Norske.
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