O terminal de logística de cargas do Aeroporto Internacional de Manaus/Eduardo Gomes (AM) registrou alta de 42% na movimentação de volumes nas operações de importação e exportação no primeiro trimestre deste ano ante o mesmo período de 2016. Passaram pelo complexo logístico 7.530,8 toneladas (t) em mercadorias, sendo que, entre janeiro e março do ano passado, foram registradas 5.301 t.
O destaque foi para o segmento de importações, que contabilizou 6.897,4 t. Na comparação com os três primeiros meses de 2016, quando foram processadas 4.675 t, o aumento foi de 47,5%. Os principais itens foram componentes eletrônicos, produtos farmacêuticos, partes e peças de moto, metais e artigos de decoração.
No setor de exportações, também foi registrada leve alta na movimentação de cargas, com 633,4 t ante as 626 t contabilizadas no primeiro trimestre de 2016. Os principais itens são peixes ornamentais, eletroeletrônicos, concentrados de refrigerante e outros. O principal destino desses produtos é São Paulo, de onde são encaminhados para Estados Unidos, Colômbia e Argentina.
O superintendente do Aeroporto Internacional de Manaus, Abibe Ferreira, explica que o resultado positivo se deve, entre outros fatores, ao aumento do número de clientes. “Apenas no primeiro trimestre, identificamos movimentação de cargas de 104 empresas que não importaram no mesmo período de 2016”, pontuou. Ele acrescenta que a superação do volume registrado em 2016 mostra o futuro promissor que o restante do ano deve trazer para os negócios do aeroporto. “Os números já estão mostrando a mudança no cenário econômico. Eles enfatizam também o compromisso da nossa equipe em conduzir os esforços necessários para essa mudança”, ressaltou.
Outro aspecto positivo neste primeiro trimestre de 2017 está nos resultados da agenda de fidelização do Teca de Manaus. Somente entre janeiro e março, foram efetivados sete acordos de fidelização: cinco deles renovando acordos de fidelização já consolidados e dois adicionando novos clientes à carteira do complexo logístico.
Nos últimos anos, o complexo logístico de Manaus recebeu uma série de investimentos, com três melhorias em destaque: um transelevador para expandir o sistema de armazenamento de cargas verticalizadas de importação, que atende exclusivamente as empresas habilitadas no regime da Linha Azul; um sistema para movimentação e armazenagem de paletes aeronáuticos; e a completa automatização do processo de pesagem de cargas destinadas à importação e exportação, responsável por um ganho operacional de cerca de 30% nas atividades do Teca. Além disso, a área de importação teve sua capacidade de processamento de volumes ampliada de 3 mil toneladas/mês para 30 mil toneladas/mês.
O Teca de Manaus é o maior complexo de logística de carga da Rede Infraero e o terceiro mais movimentado do país. Em 2016, o terminal de carga manauara movimentou, entre cargas de importação e exportação, 26.331,4 t, respondendo por 25% do volume processado em toda a Rede Teca da Infraero.
Infraestrutura
O Teca do Aeroporto Eduardo Gomes tem 49.000 m² de áreas operacionais para movimentação de carga. Conta com três terminais para recepção, armazenagem e entrega de carga, e dois prédios administrativos com escritórios, salas comerciais, operacionais e dos órgãos anuentes. O complexo possui duas Centrais de Atendimento ao Cliente (CAC) e três estacionamentos – sendo dois para veículos de pequeno porte e um para caminhões.
O espaço também possui área especial para cargas restritas, perecíveis (complexo de câmaras frigoríficas) e de alto valor agregado (cofre), sendo o armazenamento de cargas realizado de forma automatizada por meio dos transelevadores, incluindo um transelevador para paletes aeronáuticos.
Fidelização
O trabalho de fidelização de clientes nas operações de carga de importação é um dos esforços regulares e extensivos da Infraero na busca pela excelência como elo do setor logístico. Nele, é cumprido em um ciclo de visitas a clientes estratégicos, com o propósito de apresentar a eles as estruturas logísticas, facilidades e diferenciais oferecidos pela empresa.
Nas visitas, são explicados processos e discutidas particularidades do processo de desembaraço dos produtos, como trâmite das cargas, tarifas e diferenciais de infraestrutura.
Em termos operacionais, o propósito da fidelização é incentivar os clientes usuários dos complexos logísticos da Infraero a nacionalizar as cargas pelos terminais, reduzindo a movimentação de volumes para desembaraço em zonas secundárias. Dependendo do planejamento, a centralização dos processos pode ser vantajosa tanto para o cliente, com reduções de custo e de tempo de entrega, quanto para a cadeia logística em geral, com ganhos de agilidade, atendimento de demanda e competitividade comercial.
Com sua agenda de fidelizações, o objetivo da Infraero é atender tanto aos prospectos de negócio da empresa quanto de seus clientes, além de contribuir para o estímulo à eficiência no processo de logística em âmbitos regional e nacional.