O Movimento Pró-Logística e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) realizaram na manhã desta quinta-feira (16), no Auditório CODESP no edifício-sede da Companhia Docas do Estado de São Paulo, o 4º “Café e Hidrovias”, para debater a implantação das hidrovias na Baixada Santista e acompanhamento dos derrocamentos na Hidrovia Tietê-Paraná.
Durante os trabalhos, o diretor-presidente da Codesp, Alex Oliva, relembrou sua passagem pela Superintendência de Navegação Interior, como primeiro superintendente, quando, por 4 anos e 11 meses, realizou algumas transformações no órgão, que contaram com a colaboração de alguns dos presentes, inclusive o diretor-geral da Antaq, Adalberto Tokarski. Alex Oliva explicou que contou essa passagem porque “estamos no mesmo ponto de inflexão: ou fazemos hidrovia ou fazemos hidrovia. Não tem volta”.
O presidente contou que “a Codesp já está fazendo um estudo e deverá alocar recursos para estruturar uma equipe composta por seus técnicos e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Com isso, acreditamos que esse projeto se viabiliza. Ele nasce no ano das comemorações dos 125 anos do Porto de Santos e não será somente um sonho, mas um desejo que vai se materializar”, afirma o presidente.
Alex Oliva disse que a Autoridade Portuária convidará as prefeituras a integrarem esse grupo, que será apoiado pela Capitania dos Portos. “Esse trabalho nos ajudará a definir o que temos a fazer, onde e os cuidados que devemos ter. Será um projeto conjunto que poderá oferecer soluções ao setor privado que será responsável por sua viabilização. Temos que pensar em prol de uma logística que traga economia e que faça crescer o nosso país”, diz o presidente.
O diretor de Relações com o Mercado e Comunidade da Codesp, Cleveland Sampaio Lofrano, disse que projeto o Porto já tem. “Temos, agora, que colocar tudo isso em prática”, ressaltou ele, lembrando que estudos apontam ser possível a exploração de aproximadamente 200 quilômetros de extensão para tráfego hidroviário para transporte de cargas na região do Porto de Santos.
Para o diretor-geral da Antaq, Adalberto Torkaski, este encontro visa aumentar a oferta de modalidades de transporte para o Porto de Santos: “usar os rios da Baixada Santista é importante para dar mais opções de acesso aos terminais. Mas é mais importante para o Brasil, para, pensando de forma estratégica, dar mais eficiência ao transporte no país”, declarou ele.
O evento na Codesp teve ainda a presença de vários representantes do setor privado, do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Marinha do Brasil, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Agência de Desenvolvimento da Baixada Santista (Agem), Prefeitura de Santos, Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Associação dos Engenheiros de Santos, Frente Pró-Logística, Universidade Federal do Pará, CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Instituto Infrabrasil, FENAVEGA, entre outros.