A Codesp e a Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL) celebraram, em novembro, um convênio para construção de uma subestação de distribuição de energia elétrica que terá capacidade para suprir toda a necessidade de energia do Porto de Santos. O investimento, estimado em R$ 10 milhões, será viabilizado pela concessionária de energia elétrica e envolverá a cessão de uma área de, aproximadamente 3.770 m². O convênio vigorará por um prazo de 13 anos.
A nova subestação, com capacidade de 80 MVA, será construída em área cedida pela Codesp, localizada na área das oficinas da empresa. O diretor de Engenharia, Antonio de Pádua Andrade, explica que o sistema atual opera no limite e afirma que “precisamos disponibilizar, em um prazo muito curto, opções para abastecimento do Porto a fim de garantir a viabilização de futuros projetos de expansão do complexo portuário.
A CPFL terá prazo de um ano para apresentar o projeto executivo e a Codesp deverá disponibilizar a área para construção da nova subestação em, no máximo, seis meses.
Pádua explica que a maior parte da energia fornecida ao complexo portuário santista vem há 105 anos da Usina Hidrelétrica de Itatinga que, por razões ambientais, não possibilita ampliação da geração de energia. São 15 MVA provenientes da usina e 8 MVA viabilizados através de um sistema paralelo da CPFL. A subestação terá capacidade instalada de 80 MVA e a Codesp estima contratar, inicialmente, demanda de 20 MVA.
O diretor Pádua explica que a Concessionária de energia elétrica, há cerca de três anos, já vem passando os cabos de transmissão de energia para o novo sistema em toda a região do Porto, desde a subestação Vila Nova, próxima ao Mercado Municipal de Santos, até a subestação Estuário, na Ponta da Praia. Na região de Outeirinhos, por ocasião das obras da Avenida Perimetral, viabilizou a implantação de tubulações que já abrigam esses cabos. Além disso, o novo sistema permitirá padronizar a tensão em 13.8 V. Como o Porto de Santos foi construído em etapas, na região que se estende do Saboó até Outeirinhos a tensão é de 6.6 V e no trecho entre Macuco e Ponta da Praia é de 11.4 V. Com isso, teremos ganhos no processo.
Com o novo sistema, se houver problemas no fornecimento a partir de Itatinga, a CPFL poderá atender sozinha a margem direita do Porto, tendo em vista que hoje a Hidrelétrica do porto e a CPFL disponibilizam, juntas, 23 MVA e com o novo sistema passam, inicialmente, para 35 MVA. A margem direita do Porto conta com mais de 60 subestações na área portuária, para distribuição de energia para as instalações da Codesp e de arrendatários.
Esse é um projeto que está sendo maturado há quase 10 anos para preparar o Porto para uma demanda bem maior no futuro, em função de novos equipamentos.
A nova subestação atenderá o Porto e também poderá alimentar de energia elétrica trechos urbanos de Santos.
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