A partir de agora a exportação de animais vivos pelo Porto do Rio Grande terá novas regras. Para exportar cargas vivas, como bovinos, nos chamados navios currais, ao chegar no porto os porões dos navios devem estar limpos e sem animais vivos à bordo. O embarque também deve ser concluído em, no máximo, 48 horas.
De acordo com Janir Branco, diretor-superintendente do porto de Rio Grande, as novas medidas buscam diminuir o mau cheiro e não atrapalhar as operações que envolvem outras mercadorias. “Exalava um mau cheiro enorme em relação às cargas que já chegavam no navio. Buscamos resolver isso sem que se fechasse a porta pra uma operação importante como essa, que traz receitas para o porto, mas também com regramento bastante sério, respeitando todas as legislações vigentes no país, principalmente no que diz respeito a vigilância sanitária”, explicou.
Curiosidade
Quarto maior exportador de animais vivos do mundo, o Brasil tem o Estado do Rio Grande do Sul como o local com mais embarques de carga viva. O primeiro pelo porto aconteceu em 2005. Naquele ano, mais de 44 mil bovinos foram negociados pelos pecuaristas gaúchos. A vantagem é o preço pago pelos importadores, em média, dois dólares o quilo – valor negociado à vista. Até hoje, cerca de 250 mil bovinos já foram exportados pelo porto gaúcho, principalmente, para países como Líbano, Turquia, Egito e Jordânia.