Obra no Tietê é 1º passo para o hidroanel

O governo de SP pediu a licença ambiental prévia para iniciar as obras da eclusa da barragem da Penha, no rio Tietê (zona leste da capital), primeiro passo para viabilizar antigo projeto do Estado: o hidroanel metropolitano.

Eclusa é uma obra de engenharia hidráulica que possibilita navegar em locais onde há desnível no leito do rio –ela permite ao barco subir ou descer, conforme o caso.

A licença prévia foi pedida à Cetesb (agência ambiental paulista) e pode ser concedida dentro de um mês.

A eclusa tornaria navegável um trecho de 14 km do rio, até São Miguel Paulista, no extremo leste da cidade. Hoje, o Tietê tem 41 km navegáveis, entre a Penha e a cidade de Santana do Parnaíba.

O projeto do governo é construir um hidroanel de 170 km ao redor da capital, que incluiria os rios Tietê e Pinheiros e as represas Billings (zona sul e ABC) e Taiaçupeba (Suzano). Um canal artificial de 18 km precisará ser feito para ligar as duas represas.

Embora o projeto contemple o transporte de passageiros (principalmente nas represas), a prioridade é transportar lixo, entulhos, material de dragagem do rio, resíduos da construção civil e lodo retirado das estações de tratamento, além de produtos hortifrutigranjeiros.

No total, a implantação do hidroanel deve custar algo em torno de R$ 4 bilhões.

Ao longo da hidrovia estão previstas a construção de 60 ecoportos (que recebem material já triado), 11 eclusas e 3 portos de destino. A principal vantagem do hidroanel, dizem os técnicos, é retirar das ruas caminhões que transportam resíduos.

Fonte: Folha de S. Paulo