O início da primavera no Brasil está sendo marcado pela chegada de uma forte onda de calor que, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, vai trazer recordes de altas temperaturas. Além disso, os termômetros elevados devem continuar assim pelo menos até o fim do mês, de acordo com o Climatempo. Um dos setores que sofre com essa situação é a logística, especialmente nas áreas de alimentos e medicações.
Raphael Kanzler, coordenador comercial da Thermo Star, empresa especializada em soluções para refrigeração do transporte, relata que a oscilação e as altas temperaturas são uma combinação desafiadora para o setor. “Na logística, é comum que, dadas as proporções continentais do país, muitos produtos passem diversas horas em trânsito. Quando falamos de hortifruti, plantas e medicamentos, a falta de refrigeração causa enormes perdas e prejuízos para os negócios”, diz.
Atualmente, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que 26,3 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados por ano no Brasil, sendo 10% no transporte. A temperatura é a principal causa. “Você já teve a sensação de que uma fruta dura mais no supermercado do que na sua casa? Essa sensação tem um fundo de verdade porque na banca do supermercado o produto não passa por variação de temperatura. Ou seja: se houver a refrigeração no transporte, evita-se não só a perda do produto, como também é possível elevar a vida útil desse alimento”, comenta o executivo da Thermo Star.
A empresa, que tem sede em Santa Catarina e recentemente abriu unidade em Pernambuco, testa todos os sistemas de refrigeração desenvolvidos em laboratório próprio, para garantir a melhor solução em cada tipo de veículo. “É importante salientar que é preciso instalar o sistema correto de refrigeração, pois isso garante o melhor custo-benefício durante o transporte”, reforça Raphael.
Outro detalhe que ocorre pela falta de refrigeração adequada no transporte é que, com a perda de produtos, os preços dos itens se elevam e impactam o consumidor final, além de toda a cadeia envolvida. Mais do que nunca, a refrigeração é item de primeira necessidade no Brasil, que precisa manter o abastecimento e a chegada dos produtos ao consumidor final.