O ciclo de expansão da indústria farmacêutica, que se consolidou a partir da pandemia, acelerou o ritmo na Andreani. A operadora logística de bandeira argentina, presente no Brasil desde 2001, viu o faturamento crescer 22% no ano passado em relação a 2021.
O volume de armazenagem avançou na mesma proporção – 23% –, enquanto o número de produtos transportados teve aumento de 19%. “As farmacêuticas, em especial as de capital estrangeiro, vêm acelerando uma mudança no portfólio ao se desfazerem de produtos maduros para priorizar medicamentos de prescrição e de maior valor agregado. Isso estimulou a distribuição de remédios mais sensíveis, sujeitos a condições especiais de temperatura e transporte, o que leva as indústrias a terceirizar a logística para empresas peritas nessa tarefa”, contextualiza o gerente comercial Ramon Peres.
Os medicamentos respondem por 60% do volume de negócios da operadora, que mantém 50 mil posições-pallets e 46 mil m² de área útil em Embu das Artes, na Região Metropolitana de São Paulo. Outros 20% da demanda correspondem a equipamentos e dispositivos médicos, enquanto os demais 20% estão diluídos entre vacinas, diagnosticos e cosméticos.
A empresa atende desde fabricantes até distribuidoras de medicamentos de alta complexidade. Além disso, exerceu importante papel para viabilizar o acesso a vacinas, por meio de contrato com o Instituto Butantan e da gestão logística integral da Sputinik V na Argentina, desde o recebimento em aeroportos até a armazenagem e distribuição.
Aposta em novas tecnologias para logística de medicamentos
Para absorver essa crescente demanda, a Andreani priorizou a implementação de uma série de novas tecnologias, com atualização de softwares e ampliação da frota. “Além disso, oferecemos soluções de e-commerce, monitoramento de temperatura e umidade em tempo real no transporte de medicamentos e soluções de embalagens térmicas retornáveis qualificadas para transporte de termo sensíveis.”, completa Peres.