Otimização dos processos logísticos precisa fazer parte do DNA das empresas que atuam no segmento

A otimização de processos logísticos não se faz necessária somente nos dias de hoje. Precisa ser uma atividade constante e fazer parte do DNA das empresas.

Por outro lado, a situação econômica dos últimos anos fez com que esta cultura se tornasse ainda mais necessária. “Fazer mais com menos” tornou-se um lema de todas as empresas que vêm tentando sobreviver em um ambiente econômico e político tão complexo.

“Na Penske Logístics, por exemplo, atuamos de diversas formas com este objetivo. Temos uma área e um programa estabelecido de excelência operacional que busca oportunidades de melhoria nas operações atuais e também um serviço que chamamos de LLP (Lead Logistics Provider) em que o foco principal das atividades é a otimização de processos, rotas e ocupação de veículos, com foco em redução de custos”, diz Fabrício Orrigo, diretor de vendas e projetos da Penske Logistics.

 

Papel da tecnologia

Com relação ao papel da tecnologia neste processo de otimização, Orrigo destaca que ela deve ser vista como um facilitador dos processos.

“Ela é importante, mas dizer que é fundamental para a sobrevivência das empresas me parece um pouco exagerado. É claro que cada vez mais soluções tecnológicas vêm sendo desenvolvidas para otimizar e aumentar a velocidade dos processos, reduzindo, assim, diretamente, a necessidade de recursos humanos, mas ainda hoje verificamos que a otimização de processos pode ocorrer independente da tecnologia, com a simples racionalização de atividades, mudanças de fluxos, layouts e o constante questionamento das rotinas.”

O diretor de vendas e projetos da Penske Logistics relaciona, então, as tecnologias que podem ser aplicadas para a otimização dos processos logísticos, destacando que, hoje, nas operações de armazenagem há diversas soluções automatizadas de picking (separação de pedidos), por exemplo, já bastante difundidas e consolidadas, como picking by light, sorters, A-frames, entre outras. Mas também é possível verificar o uso, mais recentemente, de soluções diferentes, como veículos de movimentação autônomos (paleteiras e empilhadeiras), aplicativos de picking com realidade aumentada e soluções de RPA (Robotic Process Automation) para automatizar processos administrativos.

“Deve-se sempre considerar a necessidade de se ter recursos internos para suportar o desenvolvimento e a implantação de qualquer novo processo. Estes recursos podem ser desde uma área de melhoria contínua até o suporte mais específico de áreas como TI, operações, finanças, etc.”

Ainda de acordo com Orrigo, a otimização de processos acaba sempre sendo revertida em análises financeiras, seja em redução direta de custo com a redução de recursos ou em aumento de produtividade que, consequentemente, resulta também em redução de custos finais. É importante ter e mente que, embora nem sempre o foco seja financeiro, qualquer projeto de otimização é mais fácil de ser aprovado quando o componente “saving” é colocado na pauta.

“O importante é evitar que os problemas ocorram, para isto, é importante fazer um mapeamento detalhado de qual a extensão real do impacto da mudança, ou seja, muitas vezes foca-se muito no resultado específico de uma mudança sem olhar que, uma vez implementado, este novo processo afetará também as atividades anteriores e posteriores a ele. O mapeamento de tais riscos e a definição de um plano de mitigação são fundamentais para o sucesso.”

O diretor de vendas e projetos da Penske Logistics também ressalta que se deve fazer um correto mapeamento de todos os integrantes diretos e indiretos do processo e, tão importante quanto isto, fazer uma gestão adequada do projeto, seguindo os princípios básicos de gestão, com a devida comunicação e alinhamento com todos os envolvidos nas mudanças, deixando claro o papel e a responsabilidade de cada um, apontando quais os passos e processos que serão seguidos para o sucesso do projeto.