Recentemente lançado pelo Governo do Estado, o programa Pró-Estradas/Vale do Rio Cuiabá prevê a execução de 66 obras de infraestrutura na área de transportes, com investimento superior a R$ 1 bilhão. Entre as obras consta a duplicação de quatro rodovias, a pavimentação de 12 estradas e reconstrução de asfalto deteriorado de 11 vias.
A ordem de serviço para a primeira melhoria já foi assinada. Trata-se de uma mudança esperada e reivindicada há muitos anos pela população: a duplicação da Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), do entroncamento com a MT-010 (Atacadão) ao trevo de acesso ao bairro Jardim Vitória (Fundação Bradesco), abrangendo uma extensão de 3,6 quilômetros.
A obra foi lançada por administrações anteriores, mas nunca saiu do papel. Ela deve ser iniciada em 2015 e a previsão é de que seja finalizada até dezembro de 2017, ao custo de R$ 23 milhões. A duplicação é a segunda fase das obras na Estrada da Chapada, que recentemente começou a receber melhorias.
O pacote prevê a duplicação da estrada da Guia e a construção de uma trincheira no entroncamento da Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251) com a Rodovia Helder Candia (MT-010). Também na região de Cuiabá, 10 quilômetros da MT-251 serão reconstruídos, entre o trevo que dá acesso ao Lago do Manso e o Balnerário Mutuca. A obra iniciada em 2015 está orçada em R$ 24 milhões. Depois vão ser recuperados 34 quilômetros entre o Balnerário Mutuca até Chapada. Todas as fases vão custar mais de R$ 46 milhões. No ano que vem será realizada a reconstrução de 34 quilômetros entre o Balnerário Mutuca e Chapada.
Cabe destacar que essas são apenas as primeiras das 66 obras anunciadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), em 13 municípios mato-grossenses. “As ações vão beneficiar diretamente mais de 900 mil habitantes. Ou seja, mais de um terço da população de Mato Grosso. São obras rodoviárias que foram pensadas estrategicamente com foco na melhoria da qualidade de vida do cidadão e para corrigir problemas logísticos históricos da região”, informa Marcelo Duarte, secretário da Sinfra.
As demandas estão por todo o Estado, e caracterizam anseio antigo da população, mas especialmente dos motoristas profissionais, que passam grande parte do tempo na boleia, enfrentando muitas dificuldades, principalmente devido à carência de estrutura nas estradas mato-grossenses.
“São estradas esburacadas, sem sinalização, sem segurança policial e muitas sem pavimentação, dobrando o custo e o tempo da viagem. As condições de trabalho são precárias e a falta de segurança é grande. Essas são as principais dificuldades da categoria. Mas, eu avalio como uma decisão acertada do governo, tirar o Estado da estagnação das rodovias e preparar para um crescimento alicerçado com relação à infraestrutura”, diz o presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Cuiabá e Região (STETTCR).
Recursos
Os recursos do pacote serão do próprio Governo do Estado, do Tesouro Nacional/Fethab, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Banco do Brasil e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
As ações realizadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra-MT), ao longo de 760 quilômetros de estradas, beneficiarão os municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães, Santo Antônio de Leverger, Poconé, Barão de Melgaço, Rosário Oeste, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Acorizal, Jangada, Nova Brasilândia e Planalto da Serra.
Ainda há muito por fazer, mas caso os projetos de fato sejam efetivados, será um avanço para minimizar um dos grandes gargalos do Estado: escoamento e logística. “A atividade econômica ganhará novo fôlego. São ações que buscam melhorar a vida das pessoas, pois pelas estradas de qualidade passam, além da produção agrícola, o carro de polícia, a ambulância do Samu e o ônibus escolar, além de facilitar o acesso a serviços públicos”, avalia o secretário de Infraestrutura e Logística.
Carência
As carências com relação à infraestrutura e logística são enormes e, nesse sentido, ainda há muito chão a ser percorrido. Conforme informações da Sinfra, entre os mais de cinco mil quilômetros de estradas pavimentadas de Mato Grosso, mais de três mil precisam de intervenções na malha viária, porque não receberam a manutenção devida nos últimos anos. Ainda de acordo com a secretaria em questão, o Estado conta com mais de 24 mil quilômetros de rodovias não pavimentadas.
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