No início de dezembro, a Ericsson inaugurou oficialmente seu primeiro centro de distribuição de hardware e software pra equipamentos de telecomunicações no Oriente Médio. O Ericsson Supply Center, localizado na unidade em Dubai South da Panalpina, é o primeiro centro de distribuição da companhia no mundo a unir montagem de hardware e atualização de software em um só lugar.
LMS
Há dois anos, quando a Panalpina iniciou a montagem de unidades SKD para estações rádio-base de redes móveis no Brasil, esta fabricação terceirizada foi um passo pioneiro para as indústrias de logística e de telecomunicações. Para o que a Panalpina chama de Serviços Logísticos de Manufatura (ou Logistics Manufacturing Services (LMS)), a companhia não apenas passou a executar a montagem final dos equipamentos, mas também assumiu controle total do processo – do planejamento ao controle de qualidade. Desde então, as empresas de telecomunicações tem confiado à Panalpina mais atividades ligadas à logística de manufatura. A Panalpina ofereceu o LMS primeiro em São Paulo e no Panamá e, agora, Dubai foi adicionada para a Ericsson.
Os engenheiros e técnicos da Panalpina montam os equipamentos a partir de unidades SKD:configuram, montam, atualizam o software de acordo com os padrões do cliente final, definidos pela Ericsson, e realizam testes. Então, a Panalpina inspeciona e embala os equipamentos antes de entregá-los diretamente aos clientes finais da Ericsson na região. “Podemos pedir componentes, fabricar e enviar em um só dia”, afirma Anthonie Verploegh, chefe regional de logística da Panalpina para Oriente Médio, África e CIS (MEAC).
O processo de configuração sob medida customiza o produto na fase mais tardia possível na cadeia de suprimento. Isso permite que materiais sejam alocados aos pedidos apenas quando necessário no processo de atendimento à demanda. “Com esta abordagem de fabricação adiada, comumente chamada de “postponement”, clientes como a Ericsson podem reduzir consideravelmente as necessidades de capital de giro e os tempos de espera para atendimento de pedidos”, acrescenta Verploegh.
Os clientes da Ericsson, que são as operadoras móveis na região, também se beneficiam com mais flexibilidade, menores tempos de implantação de redes e, essencialmente, maior retorno sobre o investimento na construção de suas redes.
Para poder apoiar a Ericsson, a Panalpina Dubai teve de obter uma licença comercial de montagem além de sua licença comercial de logística. Antes disso, os novos processos alfandegários resultantes das operações de fabricação precisaram ser analisados e aprovados pela Alfândega de Dubai. Desde a ativação das operações em novembro de 2015, a Panalpina concluiu com sucesso diversos testes de verificação de processo da Ericsson e, agora, está aptaa montar completamente e testar diferentes gabinetes.
As duas empresas trabalham juntas nos Emirados Árabes Unidos desde 2010. “Nossa parceria evoluiu muito nos últimos cinco anos. Começamos com uma operação de peças de reposição e, agora, passamos para os serviços logísticos de manufatura”, diz Peter Triebel, CEO da Panalpina para a região MEAC. “A jornada está longe de terminar. Vemos mais oportunidades, nas quais podemos agregar valor para a Ericsson e crescer em conjunto. Já estamos investindo em recursos e infraestrutura para apoiar isso”.
Mike Wilson, chefe global de Logística da Panalpina, acrescenta: “Este é um marco significativo para a Panalpina. Dubai está se transformando em um lugar a ser estudado na região. É um exemplo perfeito de como estamos executando nossa estratégia altamente bem-sucedida de LMS”.
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