O Panamá quer atrair empresas brasileiras para instalar suas bases de operação no país, importar e exportar produtos para as mais diversas regiões do mundo. A informação é do ministro de Economia e Finanças do Panamá, Alberto Vallarino Clément (foto), que esteve em São Paulo, no evento Panamá Invest 2011, encontro de negócios mundial que tem o objetivo de gerar informações, mostrar as vantagens competitivas e as oportunidades de novos negócios no Panamá.
O ministro revelou que o Plano Estratégico de Governo do Panamá 2010-2014 prevê um total de US$ 13,6 bilhões em investimentos em infraestrutura. Desse total, US$ 3,8 bilhões serão destinados a programas sociais, entre obras do metrô do Panamá, novas escolas, hospitais, sistemas de tratamento de água. Mais US$ 5,8 bilhões serão aplicados em infraestrutura como desenvolvimento de estradas, construção de aeroportos e turismo.
Também serão investidos US$ 4 bilhões em programas de meio ambiente, agricultura e educação. De acordo com o ministro, o Panamá é o único país do mundo onde é possível transportar contêineres do Atlântico para o Pacífico em menos de quatro horas. Para facilitar o intercâmbio entre os dois países, estão sendo lançados quatro novos voos para o Brasil, quatro vezes por semana para Brasília e Porto Alegre.
“Podemos apoiar empresas brasileiras para que exportem e importem produtos através do Canal do Panamá. Temos capacidade de atingir 56 destinos e 27 diferentes países com nossa estrutura logística”, afirmou o ministro. O Panamá tem conexão com os oceanos Atlântico e Pacífico, ferrovias e ampla estrutura aeroportuária. Mesmo com as condições internacionais adversas, a economia do Panamá cresceu 6,7% no ano passado e o país vem se posicionando como um dos líderes da região em investimentos estrangeiros diretos. Para os próximos cinco anos, o plano estratégico de desenvolvimento do Panamá prevê investimentos importantes em infraestrutura, no total de US$ 13,6 bilhões, dos quais US$ 5,25 serão destinados ao seu projeto de maior destaque, a ampliação do Canal do Panamá.
Considerado um dos maiores projetos de engenharia no mundo, a obra exige trabalhos simultâneos em países das Américas, Europa e Ásia. Trará impacto no transporte marítimo internacional, em especial no segmento de contêineres. O canal, que liga o Atlântico ao Pacífico, representa mais de 6% do PIB, mas as previsões são as de que possa expandir a participação ao tornar-se alternativa para países em desenvolvimento, como Brasil e a China, escoarem seus produtos.
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