Para melhorar a infra-estrutura logística, PE precisa de mais de R$ 8,5 bi

Pernambuco precisa de R$ 8,596 bilhões para melhorar a infra-estrutura logística nos próximos 20 anos. O investimento foi definido pelo Plano de Logística para o Brasil lançado na última quarta-feira, 5 de setembro, pela CNT – Confederação Nacional do Transporte. O plano contém obras consideradas essenciais para o transporte de cargas e passageiros de todo o país, prevendo a recuperação ou construção de 496 empreendimentos, entre rodovias, aeroportos e portos, o que demandaria investimentos de R$ 223,8 bilhões – quase quatro vezes mais do que o previsto no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento.

Ao comparar com outros Estados nordestinos, Pernambuco é o segundo que mais demanda recursos para infra-estrutura, seguido do Ceará, com R$ 6,506 bilhões. A Bahia é o primeiro, com R$ 21,390 bilhões. O plano é uma proposta para a viabilidade de uma rede integrada no país, possibilitando o escoamento de mercadorias por menores custos, explica o vice-presidente da CNT, Newton Gibson. Uma outra proposta do plano é reduzir o uso do modal rodoviário, que chega a 70%.

Para o Estado, o modal ferroviário é o que mais precisa de investimentos, totalizando R$ 6,577 bilhões para a construção de 798 quilômetros e recuperação de 653 quilômetros de ferrovias e 30 quilômetros de metrô. O estudo também prevê a construção de mais dois aeroportos, no valor de R$ 470,863 milhões. No modal portuário, são necessários R$ 40,475 milhões para mais dois portos. Também existem alternativas para portos fluviais no São Francisco.

O plano ainda constatou a necessidade de um terminal intermodal no valor de R$ 72,795 milhões. “Nas últimas pesquisas da CNT, verificamos uma falta de integração entre os modais”, diz o vice-presidente. As rodovias pernambucanas precisam de R$ 1,301 bilhão para duplicação, adição e recuperação. O plano será encaminhado ao Governo Federal e ao Congresso Nacional. A maior previsão de investimentos no Brasil é em rodovias – R$ 93,4 bilhões –, seguido por ferrovias – R$ 86,7 bilhões.

(Fonte: Folha de Pernambuco)