O e-commerce que realiza até vinte vendas por dia depende exclusivamente dos Correios. Basicamente, após realizar a venda, o pequeno empreendedor leva o produto até uma agência dos Correios para entregar o produto para o cliente final. Nem o serviço de coleta da própria estatal nem de transportadoras está disponível para esse perfil dado o volume baixo. Só que os Correios apresentam diversos problemas já conhecidos, como o horário de funcionamento extremamente reduzido das agências, greves constantes, insucesso de entregas, entre outros.
Atenta a este gap do mercado, a startup Pegaki anuncia a criação de um modelo logístico para sanar esse problema dos pequenos e-commerces: trata-se do serviço drop off points. Na prática, ao invés de levar seu produto até uma agência dos Correios, o pequeno empreendedor vai se dirigir a um dos pontos de retirada/coleta da Pegaki e deixar sua encomenda. Aí, após consolidar um volume de entregas no ponto, uma das transportadoras parceiras passa no local, retira as compras e entrega na casa do cliente final. Dessa maneira, o empreendedor vai poder deixar suas encomendas em um local com horário mais flexível e passar a contar com uma grande transportadora, um sonho antigo do setor. Inicialmente, a solução está disponível apenas para a cidade de São Paulo, mas a ideia é expandir. E-commerces interessados em se cadastrar na solução devem acessar http://pontoderetirada.pegaki.com.br/pontodecoleta.
“O pequeno e-commerce é o que mais sofre com a logística no Brasil, depende unicamente dos Correios, com uma série de problemas conhecidos por todos e dificilmente consegue ser atendido por uma grande transportadora em função de seu pequeno volume de entregas. Mas agora, consolidando os pedidos de vários pequenos e-commerces em nossos pontos de coleta, conseguimos oferecer o serviço de qualidade de nossos transportadores parceiros a um custo muito mais acessível ao pequeno e-commerce”, afirma João Cristofolini, CEO e fundador da Pegaki.
De acordo com Cristofolini, a estratégia de focar inicialmente em poucos pontos da cidade de São Paulo tem relação com a tração do modelo. “A ideia é disponibilizar pontos de retirada/coleta em raios próximos aos e-commerces, permitindo a consolidação de volumes que tornem viáveis a coleta diária por parte das transportadoras, o que tende a reduzir preço, por que dá margem para negociação; além é claro de tempo de entrega. Com o tempo e com o modelo ganhando tração, nossa proposta é expandir o serviço para todo o Brasil”, afirma o executivo.
Expansão
A Pegaki é atualmente a maior rede de pontos de retirada e vem consolidando o modelo de pick up points no Brasil, no qual o e-commerce envia os produtos para um dos mais de 600 pontos de retirada da empresa espalhados pelo País e o consumidor final vai até o local para retirar sua compra. Segundo Cristofolini, a empresa já realizou mais de 50 mil entregas e possui clientes como Dafiti, Printi e Wine. Para 2019, o objetivo da startup é movimentar mais de 150 mil pedidos por mês e chegar a 3 mil pontos de retiradas em todo o País. Posto isso, um gap forte para pequenos revelou-se e a empresa percebeu que havia uma solução para o problema.
“Se logística é um gargalo para grandes e-commerces, imagina para os pequenos? Sempre falamos que vender pela internet é fácil, o difícil é entregar. Entendemos que essa solução pode ser muito eficiente para o mercado como um todo e não tinha sentido deixar uma fatia que representa quase 70% do segmento de fora. Seguimos ampliando nossa operação junto aos grandes players, mas queremos comunicar aos menores que as redes de pontos de retirada também são acessíveis e resolutivas para eles. O modelo drop off points é bastante comum em países da Ásia, Europa e EUA, e nós acreditamos que essa mesma tendência deve se consolidar no Brasil”, finaliza.