Pernambuco quer se colocar na vitrine para futuros investidores da China. O passo foi dado ontem com a primeira etapa de parceria firmada entre o Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT) e o governo de Pernambuco, mediado pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper).
A ideia dos chineses é sair da rota São Paulo – Rio de Janeiro – Minas Gerais e o objetivo de Pernambuco é “se vender” para que seja incluído nessa nova visão. Será agendado um seminário para que o estado apresente o leque de potencialidades aos 80 grandes players chineses instalados em solo nacional. No primeiro contato, ontem, a movimentação dos parques de energias renováveis do estado chamou atenção.
A reunião foi com e a chefe do CCPIT e a secretária geral da associação das empresas chinesa no Brasil, Mi Na, que gerencia esse trade de empresas. De acordo com diretor de investimentos da AD Diper, Tony Kuo, que a recebeu, a China tem rígidos critérios para investir e um deles é a exigência de conhecer detalhadamente as regras do local.
“Vamos levantar o perfil dos associados chineses que atuam aqui no Brasil e traçar o plano de ação para estímulo à expansão de investimentos. Também vamos trabalhar para para que eles atuem como multiplicadores das nossas potencialidades a outros investidores chineses”, explica.
“A China tem dificuldade de investir onde não tem familiaridade e é isso que queremos desmistificar. Não somos só a Refinaria Abreu e Lima ou as belas praias, como ficamos conhecidos de forma superficial. Vamos abrir a visão de tudo, dos programas de incentivos fiscais, mostrar os parques de energia solar e eólica, a indústria automotiva, que vinhamos martelando com eles e ainda não conseguimos trazer”, explicou. Segundo Kuo, a secretária desconhecia polo automotivo Jeep que opera em Goiana e a cultura de agricultura irrigada e exportadora do Vale do São Francisco.
Para selar o acordo, o segundo encontro será com o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Thiago Norões, que vai administrar o canal entre os dois braços de atração de investimentos. “Feito isso, vamos organizar visitas técnicas com cada associado, explorar cada área de atuação, o que inclui infraestrutura, metalmecânica, energia, entre outros. Nesse ponto, seremos cirúrgicos e vamos nos articular independentemente da área”, ressalta Kuo.
O grupo de empresas chinesas atuando no Brasil é diverso quanto à área econômica de atuação. Há, inclusive, estatais chinesas funcionando por aqui. O Conselho Chinês era pleiteado há mais de dez anos para se instalar no Brasil e foi aberto em São Paulo, onde Mi Na tem base. É a 17ª unidade no mundo, articulando mais de 200 parcerias com entidades similares, como a AD Diper.
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