Porto de Natal é líder em exportação de frutas no Nordeste

O Porto de Natal superou o Porto de Pecém, no Ceará, na quantidade de frutas exportadas em 2017. Pelo Rio Grande do Norte, ao longo do ano passado, foram colhidas, aproximadamente, de 354,7 mil toneladas somente de melões, responsável por aproximadamente 90% do volume de frutas tropicais enviadas – 163 mil toneladas -, principalmente, para o mercado europeu. O estado potiguar movimentou 232,6 milhões de dólares, enquanto o porto do estado cearense comercializou 132,8 milhões de dólares no período.

Um dos motivos que proporcionou a ampliação do volume de frutas exportadas foi a ampliação da movimentação dos navios cargueiros da empresa francesa CMA-CGM. Em setembro do ano passado, a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) anunciou a ampliação das rotas de exportação marítima através do Porto de Natal. A empresa passou a operacionalizar uma nova linha semanal para transporte de cargas de Natal para Algeciras, na Espanha. A embarcação também passa por Rotterdam, na Holanda, ambas na Europa. O navio possui capacidade para acomodar mais de 500 contêineres refrigerados.

Além disso, a estiagem prolongada provocou a migração de plantadores de frutas tropicais do Ceará para o Rio Grande do Norte. A seca deixou em colapso a principal bacia irrigadora das plantações de melão no Ceará, posicionadas ao longo da área abastecida pelo Açude Castanhão que desagua na Bacia Jaguaribe. Os produtores cearenses se instalaram, principalmente, nas cercanias de Mossoró, onde a oferta de água no lençol freático é uma das maiores do estado.

Por depender dos mananciais de superfície para irrigação das plantações, o Ceará reduziu a produção pela metade de 2014 para 2015. O Açude Castanhão, maior reservatório do estado sucumbiu, ao longo do ano passado, a menos de 6% da sua capacidade de armazenamento que é de 6,7 bilhões de metros cúbicos e impactou diretamente na produção irrigada.

Aeroporto

Ao longo do ano passado, o Aeroporto Internacional Gov. Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, registrou a passagem de 2,4 milhões de passageiros – aumento de 3,8% em relação a 2016. A movimentação aérea também teve aumento. Foram 18.974 mil pousos e decolagens, 1,5% superior a 2016. Os meses com o maior fluxo de passageiros foram janeiro, julho e dezembro, períodos de férias.

A movimentação de cargas também registrou aumento. O terminal aeroviário movimentou 12,4 mil toneladas, finalizando o ano com um balanço positivo e 3,26% a mais que 2016. No terceiro trimestre o Terminal de Cargas bateu recorde de exportação de frutas para a Europa.

O estado do Rio Grande do Norte é o maior exportador nacional de peixes das espécies atum e meca, que representam 26% do volume de carga aérea enviada ao mercado internacional.

Para o diretor de operações da Inframerica, Juan Djedjeian, mesmo que comedidamente, a movimentação vem sendo retomada.

“A crise econômica impactou diretamente o fluxo do Aeroporto e consequentemente o número de turistas. O ano de 2017 foi de retomada e superação. Fechamos o ano com saldo positivo e isso começará a refletir na economia local. Acreditamos que em 2018 a movimentação continua crescente e que em breve possamos ter novidades em rotas a partir do RN”, declarou.

Fonte: Tribuna do Norte