O Porto de Paranaguá fechou o ano de 2016 com 45,1 milhões de toneladas movimentadas. O resultado é 2% superior ao alcançado em 2015, quando 43,9 milhões de toneladas de cargas foram movimentadas. O resultado positivo na movimentação foi alcançado mesmo em um ano em que a exportação da safra brasileira de grãos desacelerou, principalmente milho, em função do mercado internacional e do cenário econômico nacional. Os principais responsáveis pela alta foram os fertilizantes, o açúcar e as cargas gerais.
“O planejamento estratégico do Porto de Paranaguá foi direcionado para atender os usuários e suas necessidades. Em 2016, provamos isso, movimentando com eficiência um mix de cargas mais variado, que corresponde as expectativas do setor produtivo do Estado do Paraná”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Ele explica que, enquanto outros portos tiveram retração de cargas, Paranaguá registrou a expansão dos volumes movimentados.
O secretário também ressalta que o porto ganhou em agilidade e eficiência com os investimentos do Governo do Estado. São R$ 923 milhões em investimentos públicos realizados desde 2011 e previstos até 2018.
EXPORTAÇÃO – Ao todo, foram exportadas 27,9 milhões de toneladas por Paranaguá em 2016. O crescimento mais significativo foi no embarque de açúcar, que movimentou 5,1 milhões de toneladas e registrou 19% de aumento em relação ao ano passado.
A marca foi alcançada em função dos recentes investimentos realizados no reforço do cais e nas dragagens de manutenção, tanto é que dois berços bateram recordes de carregamento ao longo do ano. No berço 206, em outubro, pela primeira vez um navio saiu carregado com mais de 62 mil toneladas de açúcar. No mês seguinte, foi a primeira vez que um navio saiu do berço 204 com mais de 54 mil toneladas embarcadas do produto.
CARGA GERAL – Outro tipo de mercadoria que impulsionou o resultado do porto em 2016 foi a exportação de carga geral. As 5,8 milhões de toneladas embarcadas conferiram à carga um aumento de 5% em relação ao ano anterior.
A crescente demanda de movimentação de máquinas, cargas de projeto e peças de fábricas, inclusive, tem motivado uma mudança no layout operacional do porto. Em um investimento de R$ 16,5 milhões, mais de 30 mil metros quadrados de antigos armazéns estão sendo demolidos para dar espaço no cais para a movimentação de cargas gerais.
“A movimentação de produtos como máquinas agrícolas, ônibus, chapas de aço e demais cargas gerais destacou-se em 2016 e deverá continuar crescente com as obras para ampliação de pátios especializados. Estamos atentos a esta demanda e estamos modernizando toda a infraestrutura do porto para esta realidade”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.
Além disso, as exportações de derivados de petróleo também se destacaram ao longo do ano. Com crescimento de 9% em relação a 2015, o embarque do produto alcançou a marca de 970 mil toneladas ao longo do ano.
“Apesar da maior crise econômica conhecida no Brasil, incertezas do mercado commodities e as inúmeras obras no porto, que causaram dificuldades as operações em 2016, superamos a movimentação do ano anterior”, completa Dividino.
Nos graneis sólidos, foram exportadas 7,9 milhões de toneladas de soja, 4,5 milhões de toneladas de farelo de soja e 2,6 milhões de toneladas de milho.
IMPORTAÇÃO – No outro sentido, o Porto de Paranaguá também registrou recordes. No total, foram descarregadas 17,2 milhões de toneladas em 2016, o que significa um crescimento de 21% em relação a 2015.
Praticamente todos os produtos que são importados pelo porto apresentaram forte crescimento nas suas movimentações. A entrada de fertilizantes, principal carga importada por Paranaguá e no qual o porto paranaense é líder absoluto em movimentação no Brasil, o aumento na operação foi de 6%, chegando às 8,6 milhões de toneladas.
O resultado é fruto, também, dos investimentos de R$ 93 milhões nas obras de reforço do cais, que permitiram a operação de guindastes mais pesados e eficientes trabalhando no descarregamento de granéis sólidos.
Os números de importação de derivados de petróleo (3 milhões de toneladas e 161% de aumento), metanol (803 mil toneladas e 32% de alta), cevada e malte (515 mil toneladas e 99% de crescimento) e trigo (316 mil toneladas e 380% de aumento) também foram destaque.
ANTONINA – A movimentação de cargas no Porto de Antonina também registrou aumento em 2016. Foram mais de 1,3 milhão de toneladas e um crescimento de 58% em relação a 2015.
Além de ter registrado alta de 9% na importação de fertilizantes, que chegou à marca de 845 mil toneladas no ano, o crescimento se deu pelo aumento na movimentação de açúcar, que teve seus volumes de exportação praticamente triplicados, e a adição do embarque de farelo de soja pelo terminal.