Porto de Suape realiza primeiro simulado de emergência para casos suspeitos de Ebola

O Complexo Industrial Portuário de Suape realizou nesta última quinta-feira (09), o primeiro simulado, referente ao protocolo de desinfeção para casos suspeitos de contaminação pelo vírus Ebola no Porto de Suape. A atividade integra uma das etapas previstas no Plano de Contingenciamento em Saúde Pública, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo uma exigência da secretaria de portos para todos os portos do Brasil.

O simulado ocorreu no Cais 4, em área escolhida para o recebimento de pessoas envolvidas no processo de acolhimento de casos suspeito por Ebola. Durante o simulado, que foi supervisionado por fiscais da Anvisa, a equipe seguiu as orientações descritas nos Procedimentos para a realização do processo de desinfecção dos envolvidos, no caso os Bombeiros que vierem a ter o primeiro contato com o suspeito infectado.

O procedimento compreendeu a simulação da desinfecção do local por onde houver a passagem dos envolvidos no resgate até a área reservada para a higienização, descarte das vestimentas e equipamentos utilizados na desinfecção, retirada e vedação do material contaminado para incineração.

De acordo com o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape, Jorge Araújo, o simulado é fundamental para alinhar as etapas que devem ser seguidas para o cumprimento do protocolo estabelecido pela Anvisa. “Este é o momento de verificarmos se há falhas no procedimento realizado pelo Porto de Suape e, assim, efetivarmos os ajustes necessários para atender as exigências do órgão e garantir a saúde dos envolvidos na operação”, pontuou.

O Protocolo estabelece ao Porto de Suape a responsabilidade pela desinfecção da área e descarte do material contaminado, cabendo ao Corpo de Bombeiros a retirada do doente do navio sendo seu deslocamento até a rede de saúde, realizada pelo SAMU. Ao suspeitar de que há um tripulante contaminado, o comandante do navio comunica o caso à Anvisa e, esta, informa ao Porto de Suape e às demais instituições envolvidas, dando início aos procedimentos de remoção do infectado e descontaminação da área com descarte dos resíduos infectados.

De acordo com a técnica da Anvisa, Fátima Leandro, o papel da agência é verificar o nível de preparação das instituições para combater casos suspeitos de Ebola. “O simulado sempre sofrem alteração, porque cada ambiente exige uma atenção diferenciada no cumprimento das etapas e obrigatoriedades descritas no protocolo. A logística de um porto é diferente da dinâmica de um aeroporto que, por sua vez, difere de um hospital que receberá o paciente infectado”, salientou.

Além da equipe da coordenação de controle e licenciamento ambiental de Suape e da Anvisa, também participaram do simulado os funcionários das empresas AJ Serviços, Empesa e Serquipe, responsáveis pela desinfecção do local e descarte do material contaminado.

O Plano de Contingência de Saúde Pública tem o objetivo de colocar em prática o protocolo para situações emergenciais, servindo de treinamento para as instituições envolvidas em caso de um acontecimento real. O Plano do Porto de Suape, que está de acordo com as diretrizes dos organismos internacionais, Mercado Comum do Sul (Mercosul) e Organização Mundial de Saúde (OMS), além do próprio Ministério da Saúde, visa nortear as ações de vigilância em saúde na área portuária para prevenir possíveis ocorrências que prejudiquem a saúde pública.

(Foto: Divulgação/Porto de Suape)


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