O Porto Seco de Foz do Iguaçu, administrado pela Multilog, bateu o recorde histórico de movimentação de veículos em outubro. O fluxo foi puxado pelo aquecimento do transporte rodoviário, devido à falta de contêineres no mundo, além das secas nos rios, tornando o escoamento por via fluvial impraticável.
Ao todo, passaram pelo terminal aduaneiro 21.567 caminhões, sendo 12.625 para importação e 8.942 para exportação. No ano passado, Foz do Iguaçu consolidou-se como o maior Porto Seco da América Latina em volume de cargas.
“Estamos diante de uma tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, com um grande volume de importação e exportação. Realizamos diversas mudanças na pandemia para agilizar as operações, como a vistoria remota, automatização das senhas de exportação e liberações através da plataforma Genius para o regime de importação. Agora, com a crescente demanda do transporte rodoviário, estamos nos preparando ainda mais para o atendimento do mercado”, disse Francisco Damilano, Gerente Geral de Operações de Fronteiras da Multilog.
Recentemente, a empresa participou do primeiro trânsito aduaneiro multimodal realizado no Brasil pela Receita Federal, que autorizou o transporte de farelo de soja por via terrestre, por conta da falta de chuvas. A carga ingressou nos Portos Secos de Foz do Iguaçu (gerenciado pela Multilog) e Cascavel, e seguiu por trem até Paranaguá. De lá, embarcou em navios para exportação até a Europa.
A empresa também acaba de assinar o contrato de licitação para operar o novo Porto Seco de Dionísio Cerqueira, no Extremo Oeste de Santa Catarina e divisa com a Argentina.
Os demais Portos Secos de fronteira administrados pela Multilog também obtiveram resultados positivos em outubro. Uruguaiana, por exemplo, apresentou o maior movimento em 13 anos, com um volume de 15.300 veículos, sendo 11.148 destinados à exportação e 4.152 para importação de mercadorias. O Porto Seco não atingia a marca de 15 mil veículos desde julho de 2008.
Já Santana de Livramento teve um volume de 969 caminhões, com fluxo de 667 na área de exportação e 302 em importação. No Porto Seco de Jaguarão, o número total de caminhões chegou a 2.646. Desse número, 1.186 veículos são provenientes das operações de importação e 1.460 da exportação.