Os três principais portos gaúchos tiveram crescimento de movimentação no ano de 2017, quando comparado ao ano de 2016. Porto Alegre (1,34%), Rio Grande (7,8%) e Pelotas (223%) foram impulsionados por projetos industriais gaúchos e pelas ações do Governo do Estado em prol do sistema logístico. O Porto do Rio Grande registrou a melhor marca de movimentação em mais de 100 anos de história pois, pela primeira vez, o complexo ultrapassou os 41 milhões de toneladas. Além disso, a Superintendência do Porto do Rio Grande, autarquia com autoridade portuária sobre o sistema, teve um superávit de cerca de R$34 milhões no ano passado.
Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (17), na sede da Secretaria dos Transportes, o titular da pasta, Pedro Westphalen, destacou a importância da gestão eficiente do complexo portuário através do Governo do Estado e da importância dos projetos da indústria gaúcha e de outros mercados como registrados por exemplo, pela Celulose Rio Grandense e General Motors. ” O Porto do Rio Grande bateu recorde dos últimos 100 anos de história, sem dúvidas, o melhor ano do complexo portuário. Isso só aconteceu por determinação e competência de toda equipe SUPRG dirigida pelo superintendente Janir, junto as ações conjuntas do governo Sartori, Secretaria dos Transportes e iniciativa privada. Mesmo com os desafios que enfrentamos, a movimentação aumentou em todos os portos ao longo de 2017. Em Pelotas, um porto que estava parado, hoje aumentou sua movimentação em mais de 200% em relação ao ano passado. Buscamos projetos de melhorias, bem como integração do sistema hidroportuário gaúcho, o que facilita a competitividade dos nossos portos” disse Westphalen.
O superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, detalhou a movimentação do mercado, “ano passado a General Motors nos comunicou sobre o aumento na produção de veículos, o que nos impactaria diretamente, no embarque e desembarque de veículos. Em 2017 fechamos com 134% de aumento na importação e exportação da mesma, nessa parceria público/ privado. A partir de março, teremos um novo pátio para armazenagem, com capacidade de até 2 mil de veículos” afirmou. Entre todas as cargas, o complexo do Porto do Rio Grande movimentou 41.196.486 toneladas, crescendo assim, 7,8% em relação ao ano de 2016. Os Granéis Sólidos, segmento que inclui os grãos agrícolas, tiveram crescimento de 9,1%, totalizando mais de 25,1 milhões de toneladas. Os líquidos, representados pelo petróleo crú, por exemplo, somaram mais de 4,8 milhões de toneladas, crescimento de 6,3%. Por fim, a carga geral que envolve os veículos rodantes, cargas de projeto, industrializados e containers, ultrapassou 11,1 milhões de toneladas, um aumento de 5,4%.
“Houve uma diminuição no número de embarcações, mas aumento no volume de cargas de mercadorias, isso é redução no custo de frete e ampliação da competitividade. ” concluiu Branco. Os itens se enquadram dentro do segmento de carga geral. A celulose, por sua vez, vigora como o principal produto desse tipo movimentando mais de 2,1 milhões de toneladas. Já os veículos, em que destaca-se a movimentação, entre outros, da Chevrolet, ultrapassaram as 43 mil unidades, um crescimento de mais de 83% ante 2016. Por fim, na Carga Geral outro destaque foi para o Gado Vivo que somou 85,3 mil cabeças, crescimento de mais de 80% quando comparado ao ano anterior.
Nos grãos, soja é o produto agrícola que mais se destaca. Em 2017, o complexo (óleo, farelo e grão) ultrapassou 15 milhões de toneladas, obtendo um aumento de 20,6%. Apenas o grão foi responsável por movimentar mais de 12,6 milhões de toneladas, crescendo mais de 31%. Outro grão com destaque foi o arroz (grãos e quebrados nos segmentos de Carga Geral e Granel Sólido) com crescimento de 15,7% ultrapassando 1,5 milhão de toneladas. Por fim, o embarque de trigo teve crescimento de 26,8% mas os desembarques tiveram queda de 43%, resultando em 1,1 milhão, decréscimo de mais de 8% ante 2016. “Nosso objetivo é investir na área hidroportuária, pois o transporte através das nossas hidrovias é mais barato, menos poluente e diminui o custo logístico” finalizou o secretário dos Transportes.
Sobre o Porto do Rio Grande ainda cabe salientar que foram 3067 viagens de embarcações ao longo do ano. O Superporto, região em que estão localizados os terminais privados, representou 83,9% de toda a movimentação. Já o Porto Novo, cais público do complexo que passou boa parte do ano com berços de atracação em obras, foi responsável por 14% da movimentação, ultrapassando 6 milhões de toneladas. Os containers chegaram a 743 mil TEUS, crescimento de 5% ante 2016. Por fim, a China foi o principal destino das mercadorias do Porto do Rio Grande, absorvendo mais de 13 milhões de toneladas.
PELOTAS
Impulsionado pelo projeto da Celulose Riograndense em solo gaúcho, o Porto de Pelotas teve um expressivo aumento em sua movimentação e passou de um quase ostracismo para uma movimentação constante. Com crescimento de 223%, o porto chegou a 899 mil toneladas. Somente as toras de madeira do projeto mencionado representaram mais de 665 mil toneladas.
PORTO ALEGRE
A SUPRG desde abril de 2017 administra também o Porto de Porto Alegre e vem buscando melhorias na navegação para dar condições de crescimento ao porto da capital. Os componentes químicos base para fertilizantes foram os principais movimentados juntamente com o Trigo. O Porto de Porto Alegre movimentou em 2017, 1.066.344 tonelada, crescimento de 1,34% ante 2016.