Presidente da S&P no Brasil não vê descontrole

A disparada da inflação não assusta a presidente da Standard & Poors (S&P) no Brasil, Regina Nunes, "em hipótese alguma". Segundo ela, o IPCA está dentro da meta de 4,5% com margem de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. "Mesmo tendendo a estar nos 2 pontos percentuais a mais, estando dentro na meta, para nós está ok", afirmou.

Regina acredita que o governo tenha ferramentas para lidar com a inflação de maneira eficaz. "Se não tivéssemos essa certeza, não teríamos elevado o País a grau de investimento", ponderou. Na avaliação da presidente da S&P, grande parte da alta inflacionária vem do exterior, não está sendo verificada apenas nos produtos e serviços de origem doméstica. "A inflação não ocorre do dia para a noite. É preciso utilizar ferramentas corretas e acredito que em um ou dois anos tudo estará mais equilibrado", afirmou a executiva, acrescentando que prevê a possibilidade do rompimento do teto de 6,5% no ano. Ela conta, porém, com o apoio deste e dos próximos governos e de medidas dogmáticas, ortodoxas, eficazes e independentes.

Apesar da alta dos preços, a presidente da S&P no Brasil não acredita que o crescimento do País vá ficar comprometido, e manteve o intervalo projetado para a expansão do PIB neste ano entre 4% e 4,5%. Ela ponderou, no entanto, que talvez o crescimento da atividade brasileira seja um pouco menor do que a prevista por especialistas no início do ano.
 

Fonte: www.dcomercio.com.br