Segundo dados da Abre, a produção da indústria de embalagem apresentou retração de 1,19% em 2012, sendo que as projeções iniciais eram de crescimento de 1,6%, revista para queda de 1% no levantamento do primeiro semestre de 2012 que foi divulgado em setembro do ano passado.
De acordo com Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV), essa retração na produção se deve à atividade industrial brasileira que teve um primeiro semestre de quedas generalizadas, principalmente entre os bens de capital e os bens de consumo duráveis, e também por causa dos bens de consumo semi e não duráveis – principais usuários de embalagem – que alternaram ganhos e perdas de pequena magnitude. Estes fatores impactaram negativamente na produção, que registrou queda de 4% no primeiro semestre de 2012 em relação ao mesmo período de 2011.
Entretanto, no segundo semestre, o ritmo de produção voltou a aumentar apresentando um crescimento de 1,6%. Esta inversão de rumos, para melhor, deveu-se aos estímulos governamentais como as desonerações tributárias e ampliação do crédito, que foram um dos principais motivos para a recuperação do consumo.
Outros estímulos como a queda dos juros, a contínua criação de empregos e a elevação do salário real também permitiram a expansão do consumo, fazendo com que a indústria nacional recuperasse parte da competitividade frente aos produtos importados após a desvalorização cambial ocorrida durante o segundo trimestre de 2012.
Mesmo assim, apesar dos incentivos, o investimento industrial não deslanchou e a retomada da atividade da indústria ainda não se consolidou. Os resultados do setor refletem a queda no volume de produção nos cinco segmentos de embalagem avaliados no estudo.
O valor da produção física de embalagens atingiu R$ 46,9 bilhões, numa alta de um pouco mais de 3% sobre os R$ 45,6 bilhões gerados em 2011. Os plásticos representam a maior participação no valor da produção correspondente a 37,08% do total, seguido pelo setor de celulósicos com 34,47%, somados os setores de papelão ondulado com 18,75%, cartolina e papelcartão com 9,50% e papel com 6,22%, metálicos com 16,79% e vidro com 4,65%.
As indústrias de bens de consumo que apresentaram melhor desempenho em volume de produção foram a de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (3,32%), bebidas (1,32%) e farmacêutica (0,52%)
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