A ferrovia MRS Logística, transportadora de carga entre Minas Gerais, Rio e São Paulo, anunciou ontem que vai demitir de 180 a 200 empregados até amanhã, o que representa 5% de seu quadro de funcionários (3.669 pessoas).
O corte foi atribuído à crise econômica mundial, que reduziu em 40% o volume de carga transportada em novembro e dezembro. O principal cliente da MRS é a Vale (sua principal acionista), que cortou em 30 milhões de toneladas anuais a produção de minério de ferro, após a redução da demanda chinesa.
No fim de 2008, a MRS já havia concedido férias coletivas de duas semanas a 477 empregados da área administrativa, algo inédito.
Em São Paulo, as demissões continuam gerando protestos.
Cerca de 120 pessoas invadiram ontem pela manhã a fábrica da americana Tyco Dinaço, que produz tubulações de aço e vai concentrar a produção em Caxias do Sul (RS), em protesto ao fechamento da unidade e à demissão de seus 160 metalúrgicos.
O sindicato da categoria realiza hoje assembleia em frente à fábrica da Delga, que demitiu 120. Já na Volkswagen de Taubaté foi fechado acordo de redução de jornada, sem perda salarial, para evitar o fechamento de 311 vagas temporárias. A empresa abriu ainda um Programa de Demissões Voluntárias (PDV).
O HSBC confirmou ontem a demissão, na última sexta-feira, de cem bancários do centro administrativo, em Curitiba.
Fonte: Revista Ferroviária
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