Quando fechávamos esta edição de Logweb eclodiu a greve dos caminhoneiros, justa, a nosso ver, por conta dos altos custos enfrentados no setor e tão insistentemente alardeados, sem que nenhuma medida fosse tomada pelas autoridades governamentais, a fim de que fossem minimizados.
Estes custos, aliás, são bastante destacados nas reportagens que integram este número de Logweb. A começar pela grande matéria que aborda a logística no segmento de alimentos e bebidas, onde tanto Operadores Logísticos e transportadores, quanto os embarcadores e a ABAD, Associação que congrega os atacadistas e distribuidores de produtos industrializados, colocam o custo como o problema número um da logística, como o referente aos combustíveis – com os vários impostos embutidos no preço pago nas bombas –, pneus, pedágios e outros. Ou seja, operar com logística hoje significa “pagar para trabalhar”, como diz um dos participantes da matéria.
O fator custo também se faz presente na entrevista desta edição, com Mário Mondolfo, secretário de Logística e Transporte de São Paulo, recém-empossado. Ele fala da logística no Estado e aponta os problemas enfrentados – entre eles os custos – e também revela como estes problemas estão sendo resolvidos e, ainda, comenta a relação da Secretaria com os transportadores e os focos de sua curta atuação na pasta.
E não é que o custo ainda é tratado na “Coluna do SETCESP”, quando é focada uma pesquisa sobre a distribuição nos Shopping Centers? Grande número de agentes envolvidos no recebimento, volume constante de reposição nas lojas, janelas para entregas nestes estabelecimentos e outros fatores colaboram para o aumento dos custos no atendimento aos Shopping Centers.
Também abordando a redução dos custos, a Bombril – que tem um case nesta edição – está apostando na primarização do transporte de carga, o qual consiste na desintermediação do processo de contratação e gestão do transporte, utilizando inteligência logística e inovação digital.
No mais, esta edição que o leitor tem em mãos traz uma série de lançamentos – desde plataforma para transformação de smartphone, tablet ou computador em rádio Push-to-talk, veículo leve para operação em centros urbanos e solução para pedagiamento eletrônico e meios de pagamentos para mobilidade urbana até parceria para impactar positivamente o segmento de Supply Chain e seus profissionais em todo o Brasil. Sem contar a matéria especial e oportuna sobre roubo de empilhadeiras.
Isto tudo em meio a outras matérias, que proporcionam aos nossos leitores um importante embasamento para a execução de suas atividades diárias no segmento.
Os editores