Recorde de 22,4 milhões de metros quadrados de centros logísticos no Brasil reforça a preocupação com alta segurança

Um levantamento divulgado pela plataforma Market Analytics da SiiLA, multinacional de análise de dados do mercado imobiliário comercial na América Latina, revelou que o Brasil entregou 812 mil metros quadrados de novos condomínios logísticos no terceiro trimestre deste ano. Com isso, o país atingiu o seu recorde histórico de 22,4 milhões de metros quadrados deste tipo de estrutura utilizada para armazenamento e distribuição de mercadorias.
O dado, além de comprovar o crescimento expressivo deste setor da economia, evidencia a importância de as empresas investirem em alta segurança para proteger os bens que são estocados nesses locais. O fato é exaltado por Marco Barbosa, diretor da unidade brasileira da Came, empresa que é líder mundial em produtos de automação de acesso. Ele destaca que o foco em resguardar o máximo possível esses grandes galpões logísticos é um “processo natural” relacionado à expansão econômica deste segmento em solo nacional.
“Nos próximos anos, se o Brasil mantiver o crescimento deste setor, é possível imaginar que os investimentos em segurança continuarão aumentando. Se você conta com os seus bens armazenados em um local, é importante ter a segurança como uma base fundamental para proteger o capital, seja ele em forma de produto, seja em forma de matéria-prima. É essencial utilizar todos os meios possíveis para assegurar que esses ativos estejam seguros”, ressalta Barbosa.
Especialista em segurança, o diretor da Came também lembra que esses condomínios logísticos armazenam produtos de diversas empresas e, dessa forma, um sistema de proteção eficiente acaba sendo benéfico para diferentes companhias ao mesmo tempo. E a plataforma Market Analytics da SiiLA prevê que mais quatro milhões de metros quadrados de estruturas desse tipo deverão ser entregues no Brasil até o final de 2023, sendo 80% delas apenas na região Sudeste.
“Eu acredito que a preocupação com segurança vai crescer na mesma proporção da expansão econômica deste setor. Você não pode entregar um investimento dessa natureza sem estar comprometido em contar com um bom sistema de acesso e segurança. Esse segmento é bem interessante, mas requer um processo bem exclusivo de proteção nesse sentido. Nesses locais há várias empresas com produtos armazenados e não há como deixá-los desprotegidos”, enfatiza Barbosa.
 

Taxa de vacância sobe, mas não minimiza foco em segurança

Ao mesmo tempo em que existe um crescimento recorde do setor de condomínios logísticos, também foi registrado um aumento da taxa de vacância desses locais, que passou de 8,89%, no segundo trimestre, para 10,25% entre julho e setembro. E 70% dessas novas estruturas foram entregues vazias, ainda à espera da definição dos seus inquilinos. Entretanto, o diretor da Came não acredita que esse fato motive uma diminuição dos investimentos em segurança, pois recorda que os valores gastos com essa finalidade são planejados de forma antecipada e também ajudam a reduzir o preço do seguro dos galpões.

“Normalmente, o investidor detecta o problema no mercado e oferece a solução. E hoje enfrentamos um problema natural de armazenagem, provocado pelo aumento da demanda no setor. Se você pensar a médio e a longo prazo, tem de se planejar para oferecer o espaço antes de estocar os produtos. E com a continuidade no crescimento deste segmento, as empresas vão precisar ter esse espaço. A demanda e a oferta são determinantes. E o mercado trabalha com perspectiva”, analisa Barbosa.

Já em 2021, a eficiência dos centros logísticos foi colocada à prova de maneira importante, já que o Brasil registrou um faturamento recorde do seu setor de e-commerce, de mais de R$ 161 bilhões, uma expansão de 26,9% em relação ao ano anterior. Esses dados foram constatados em uma pesquisa da Neotrust, responsável por monitorar o mercado eletrônico brasileiro, e esse aumento enorme de demanda motivou muitas empresas a buscarem novas alternativas para ampliar a segurança dos seus bens em condomínios logísticos. E ao analisar o panorama atual do setor, Barbosa lembra que a Came vem oferecendo, nos últimos anos, várias opções de equipamentos para o controle de acesso e alta segurança, como bollards, road blockers, cancelas e garras de tigre, que são dilaceradores de pneus fixados no solo. “Inicialmente, a empresa pode fazer um controle de acesso mais simples. Depois disso, conforme for necessário, ir ampliando os seus sistemas de segurança. Temos produtos que se adequam a qualquer necessidade e continuamos sendo procurados por empresas que manifestam urgência em resguardar os seus bens com alta proteção dentro de centros logísticos”, ressalta.