Refinanciamento autorizado pelo BNDES deve trazer fôlego aos empresários

A circular sup/aoi nº 07/2016-BNDES, publicada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –BNDES, no último dia 26, promete trazer condições importantes na negociação de contratos no âmbito do Subprograma Bens de Capital do Programa BNDES de Sustentação do Investimento – BNDES PSI.

De acordo com José Hélio Fernandes, presidente da NTC&Logística, essa tratativa teve início em maio do ano passado, na primeira reunião entre a entidade e o BNDES no Rio de Janeiro. “O BNDES sempre se mostrou favorável a essa negociação, mas, operacionalmente, houve uma dificuldade envolvendo o PSI e que precisava ser considerada pelo Tesouro Nacional, Conselho Monetário e Ministério da Fazenda. Ficamos agora na expectativa de que as empresas, que tanto nos demandaram esse pleito, consigam negociar com as instituições financeiras e tenham um fôlego para gerir seus negócios, pois as condições estão criadas”, comenta Fernandes.

Fernandes acredita que as condições estabelecidas de acordo com as parcelas restantes de cada contrato proporcionaram ainda mais flexibilidade na negociação. Afirma ainda que todas as reuniões, que contaram com a participação de representantes do Brasil todo, colaboraram na sensibilização do assunto que irá favorecer empresários e também instituições financeiras, que enfrentavam dificuldades no recebimento.

Para Dagnor Roberto Schneider, diretor-presidente da Conlog, de Concórdia, SC, participar das reuniões junto com Fernandes foi importante para o entendimento da evolução das tratativas.

“Foi uma experiência ímpar, na qual foi possível sentir todo o tempo a abertura e receptividade do BNDES e do presidente, Luciano Coutinho, em achar uma solução para minimizar os problemas. Particularmente, estou muito grato com essa conquista que, reconhecidamente,  foi um resultado da dedicação, liderança e mobilização do José Hélio em trazer empresários de todo o Brasil para trabalhar a temática em conjunto. Agora as empresas precisam se reorganizar e reestruturar e, a partir dessa experiência, se planejar para não entrar novamente em uma situação de estrangulamento”, afirma Schneider.

Foram mais de nove meses de reuniões e conversas constantes com participação de empresários das mais variadas regiões, do interior de São Paulo, passando por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e até Mato Grosso, para concluir na circular que hoje permite uma perspectiva melhor para o setor de transporte rodoviário de cargas.