As vendas de pneus para reposição aumentaram 10,2% entre janeiro e setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2014. Pneus para reposição representam 64% das vendas, segundo Alberto Mayer, presidente da Anip, a associação de produtores.
O crescimento contrasta com a queda de 20,9% no fornecimento para montadoras. Três fatores têm estimulado a reposição, afirma Mayer. O adiamento da compra de um novo carro é o primeiro. A desvalorização do real também tornou o produto brasileiro mais atrativo. Além disso, o tempo de rodagem dos veículos vendidos durante os últimos bons anos para a indústria, 2013 e 2014, também contribui. Eles precisam ter seus pneus trocados em 2015 e 2016. “Como hoje há menos licenciamentos, daqui a um ano e meio cairá o mercado de reposição”, diz Mayer,
Até lá, fabricantes poderão enfrentar um mercado de pneus reformados mais estruturado, diz Roberto de Oliveira, presidente da ABR, a associação do segmento. Foram publicadas nesta terça-feira (3), no Diário Oficial, novas regras para pneus recauchutados, recapados ou remoldados.
O Inmetro estabeleceu que empresas têm até três anos para registrar seus produtos e colocar selos que atestem a segurança da peça, entre outras normas. Quem não se adaptar pode ter a licença cassada e receber multas de até R$ 1,5 milhão. Em 2014, foram vendidos 14 milhões de reformados, diz Oliveira. Cerca de 20% das empresas são informais, estima. “Se elas forem fiscalizadas, o setor melhora.”
Fonte: Folha de S. Paulo
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