A Santos Brasil fechou a compra de dois portêineres (guindastes sobre trilhos para operação de navios de contêiner) de última geração e de duas empilhadeiras de contêineres vazios. Estes equipamentos somam R$ 130 milhões e fazem parte da segunda fase do projeto de ampliação e modernização do Tecon Santos, que prevê investimentos de R$ 540 milhões e aumentará a capacidade do terminal santista de 2,4 milhões de TEUs/ano para 2,6 milhões em 2023. Estas são as primeiras de uma série de compras de equipamentos que deve ser realizada neste ano pela Companhia.
Os novos portêineres, adquiridos da empresa chinesa ZPMC, têm 50 metros de altura, do cais à lança, e 70 metros de comprimento de lança; capacidade para movimentar até dois contêineres de 20 pés cheios ao mesmo tempo e até 100 toneladas de carga. Eles se somarão aos oito ZPMCs já existentes no Tecon Santos, perfazendo um total de dez e aumentando a produtividade, eficiência e flexibilidade operacional.
Assim como os demais portêineres que atualmente operam no terminal, estes também terão a tecnologia OCR (reconhecimento ótico de caracteres) para identificar a numeração dos contêineres, agregando segurança, velocidade e precisão à operação. Além disso, igualmente aos dois portêineres recebidos em 2020, terão a tecnologia TPS (Truck Position System — sistema de posicionamento de carretas), que define de forma precisa o local de parada das carretas para as movimentações de embarque e descarga.
As duas novas empilhadeiras de contêineres vazios compradas são fabricadas pela Kalmar e têm capacidade de nove toneladas. A aquisição eleva de seis para oito a frota em operação no Tecon Santos destes equipamentos para recebimento e entrega de contêineres vazios, incrementando a capacidade tanto para o atendimento ao navio como para o fluxo de carretas que depositam ou retiram contêineres do terminal. A previsão de entrega dos portêineres é para outubro de 2023 e a das empilhadeiras, para novembro deste ano.
De acordo com Antonio Carlos Sepúlveda, diretor-presidente da Santos Brasil, a Companhia já está analisando também modelos de guindastes móveis elétricos (e-RTGs), terminal tractors e empilhadeiras. “Tudo isso, em conjunto com a remodelação do pátio, a elevação do pé direito do armazém e o uso de muita inteligência artificial, elevará significativamente a nossa capacidade, garantindo que o Porto de Santos fique à frente da demanda”, diz.
A primeira fase do projeto de ampliação e modernização do Tecon Santos foi oficialmente entregue em dezembro do ano passado. Em uma terceira fase, a empresa investirá mais R$ 600 milhões até 2031 para levar o terminal a uma capacidade de 3 milhões de TEUs por ano, concluindo desta forma os investimentos de R$ 1,55 bilhão previstos no contrato de prorrogação antecipada do terminal.
O projeto está alinhado às metas de redução de impactos ambientais definidos pela Companhia para 2024, que estabelecem a redução de 50% na geração de resíduos/TEU, redução de 30% no consumo de água per capta e de 15% em toneladas de emissões de CO2/TEU.