São Paulo protege seu trem

Ficou claro na semana passada, durante realização do seminário da Aeamesp: o impasse que existe entre a intenção do governo de São Paulo de construir o Expresso Aeroporto e o projeto do TAV Rio – São Paulo – Campinas que, segundo o traçado desenhado em Brasília pela ministra Dilma Roussef, deve passar obrigatoriamente pelo aeroporto de Cumbica. O coordenador do Expresso Aeroporto pela Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Renato Viegas, disse que os dois trens são "incompatíveis" e que o governo estadual não está propenso a condicionar seu projeto de R$ 1,2 bilhão a um outro de R$ 11 bilhões.

"Além da diferença no porte, o Trem de Alta Velocidade não poderá ter uma freqüência superior a cinco ou seis trens por hora, enquanto o Expresso Aeroporto vai precisar circular de cinco em cinco minutos. Ocorre ainda que o terminal do Expresso Aeroporto já está definido e será a Estação da Luz, enquanto o TAV, ao que tudo indica, vai sair da Barra Funda".

Viegas lembrou também que o custo da construção da via para o Expresso Aeroporto não se compara ao custo da via do TAV, e que não deverá haver qualquer condicionamento de uma obra à outra.

O receio do governo de São Paulo é que qualquer aumento no custo da obra, assim como qualquer ameaça de concorrência pelo TAV, poderá afastar os interessados. O Expresso Aeroporto deverá ser custeado inteiramente pela iniciativa privada sob forma de concessão.

 

Fonte: Revista Ferroviária


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