Foi com otimismo e apostando na recuperação do transporte rodoviário que a montadora Scania apresentou, na última semana, em São Paulo (SP), os resultados de 2017 e as projeções para 2018.
No ano passado, a divisão de ônibus da marca registrou crescimento de 80%, com a venda de 522 unidades. No segmento de caminhões, foram comercializados 5.754 veículos – alta de 9% em relação a 2016, quando foram vendidas 4.245 unidades. Para este ano, a expectativa é que haverá acréscimo de 30% nas vendas de pesados, incluindo ônibus e caminhões.
Durante o evento destinado a jornalistas, o vice-presidente de operações da Scania Brasil, Roberto Barral, observou que existe um reaquecimento da economia, com o aumento da confiança do consumidor. “Temos uma melhora gradativa do mercado e contamos com alguns fatores que poderão ser decisivos para um ano melhor, como a baixa dos juros e a renovação da frota Euro 5, adquirida no auge do mercado, entre 2012 e 2014”.
Barral também ressalta que, mesmo durante o período de instabilidade vivido pelo Brasil, a empresa não deixou de apostar no crescimento das operações no país. “Investimos R$ 2,6 bilhões no Brasil, em 2017, o que demonstra nossa aposta na retomada da economia. A expectativa é que o mercado nacional de pesados, no segmento acima de 16 toneladas, supere a marca de 40 mil unidades vendidas este ano”, destacou.
Tecnologia
A montadora também fechou o ano de 2017 com 8.000 veículos ligados aos Serviços Conectados Scania. O sistema serve de auxílio à gestão da frota por meio do uso da telemetria dos veículos. Os dados são enviados por um módulo, chamado Scania Communicator, instalado nos veículos, e analisados por profissionais da montadora.
Por meio disso, transportadores recebem indicações de soluções para problemas relacionados à condução, à economia de equipamentos e aos custos de operação.
Em todo o mundo, a montadora já ultrapassou a marca de 350 mil caminhões conectados.
Combustíveis alternativos
Além de um crescimento de 10% no segmento de ônibus rodoviários, a Scania aposta em veículos movidos a combustíveis alternativos, como o gás natural e o biometano. Dessa forma, reduzirá emissões de poluentes e custos operacionais do transporte.
Já há modelos rodando há mais de um ano em São Paulo, em Minas Gerais e no Paraná que utilizam tanto biometano quanto gás natural. Somente em São Paulo, a montadora diz que houve 28% de economia nos custos.
Para este ano, a Scania deve investir em três configurações de ônibus com motores a gás natural e biometano. A previsão das primeiras entregas é a partir de novembro.