Seca na Amazônia desafia setor logístico

Afetados pela extrema seca, todos os municípios do Amazonas seguem em estado de emergência, conforme dados divulgados, no último dia 14, pelo Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental. Números da Defesa Civil aponta que o Amazonas tem 599 mil pessoas afetadas até o momento pelo clima. 

O baixo nível das águas dos rios da região dificulta o transporte de cargas, encarecendo o frete e aumentando o tempo de entrega de produtos e insumos, tanto para dentro do Estado quanto para outras regiões do Brasil.

Diante o cenário, a empresa IBL World – que pertence ao Grupo IBL – que oferece serviços de transportes aéreos para cargas de todos os segmentos, sendo os principais voltados ao segmento farmacêutico, eletrônico e alimentício – adotou medidas específicas e inovadoras para garantir o transporte fluvial.

Desde que ingressou no mercado de exportação, em maio deste ano, a companhia – localizada na cidade de Miami, nos Estados Unidos, e que chegou no mercado com a proposta de abranger também as operações completas como a conhecida door to door – expandiu sua área de atuação além do Amazonas, alcançando estados vizinhos como Rondônia e o Pará. “Essa ação foi essencial no escoamento da produção e no abastecimento do mercado local de Manaus, especialmente, durante o período em que a chegada de navios foi restrita desde a primeira quinzena de setembro”, diz Erick Cavalcante, executivo de Contas da IBL World.

Ele explica que foi por meio desses estados que ocorreu a logística de entrada e saída, utilizando o modal rodoviário fluvial. Balsas, capazes de comportar de 50 a 100 carretas ou contêineres, desempenharam um papel crucial na chegada e saída de produtos, sendo essenciais para o polo industrial de Manaus. “A IBL World se destaca nesse contexto de logística alternativa, unindo seu know-how no transporte rodoviário ao conhecimento da equipe local no Amazonas”, afirma.

Ao reunir as peças desse quebra-cabeça logístico, a companhia conseguiu criar soluções para trazer cargas que originalmente deveriam chegar por navios. Com a interrupção das chegadas em Manaus, parte das cargas foi desviada para o Pará, ancorando em Barcarena, enquanto outra parte foi direcionada para o Ceará e Pernambuco. Diante dessa situação, a empresa desenvolveu, junto com seus parceiros, uma rota alternativa, combinando transporte rodoviário e fluvial para trazer a carga até Manaus.

Essa abordagem alternativa permitiu não apenas abastecer as indústrias do distrito, mas também levar as cargas manufaturadas produzidas em Manaus para atender à demanda nacional, inclusive durante eventos como a Black Friday.

“Além disso, a empresa atua de maneira proativa na gestão de possíveis impactos nas cadeias de suprimentos durante a estação seca. Isso inclui o desenvolvimento de estratégias de armazenamento estratégico, a fim de assegurar o fornecimento contínuo de produtos essenciais, minimizando possíveis contratempos”, conta Cavalcante.