As novas tecnologias aplicadas à logística de transportes foram debatidas nesta terça-feira (28/06) na Câmara dos Deputados, durante o Seminário Brasil-Holanda – Modelos Inovadores em Logística. Ao participar do evento – aberto pelo ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella – o diretor presidente da Codesp, Alex Oliva, destacou a importância do seminário, afirmando que é um momento marcante para o desenvolvimento da logística dos portos brasileiros. “Roterdam é uma referência. Vamos solidificar e ampliar o trabalho conjunto entre o Porto de Santos e aquele complexo portuário, para fortalecer os laços entre o Brasil e a Holanda”, disse.
O seminário, realizado pelo Congresso Nacional, com apoio institucional do ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) foi uma iniciativa da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Infraestrutura Nacional e da Embaixada da Holanda.
Participaram da mesa de abertura o deputado federal, Edinho Bez (PMDB-SC) e o senador Wellington Fagundes (PR-MT), presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), entre outras autoridades.
O diretor-geral substituto da Antaq, Fernando Fonseca, que também integrou a mesa de abertura, falou que “é fundamental que haja essa troca de informações, esse nivelamento de conhecimento para que possamos aplicar no Brasil, no que couber, a experiência holandesa”. Fonseca explicou que o minério de ferro e soja, caracterizados como de baixo valor agregado e em grande volume, ainda percorrem grandes distâncias para serem escoadas e que, por isso, é preciso que se invista em uma logística de transporte eficiente de modo a não comprometer a sua competitividade no mercado internacional. “Dentro desse contexto, a consideração da variável multimodalidade inerente ao caso brasileiro é fundamental para o transporte daqueles produtos, principalmente em relação ao escoamento de grãos pela região do Arco Norte, que cada vez mais se consolida no país como a porta de saída natural dessas cargas rumo ao exterior”.
Já o diretor da Antaq, Adalberto Tokarski, citou os acessos (terrestre e aquaviário) como uma prioridade das agendas da Antaq e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Tokarski referiu-se especialmente ao Porto de Santos, afirmando que “essa é uma questão de primeira ordem. Não podemos pensar em caminhões circulando pela cidade e fazendo longas filas no maior porto do país.”