A virada do mês de março para abril é aguardada com temor pelos empresários do setor de transporte e logística que temem os impactos de mais uma elevação do preço do diesel. O SETCERGS – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística do Rio Grande Do Sul alerta a sociedade para o problema que tem afetado de forma significativa o setor, uma vez que o diesel é o principal combustível utilizado para movimentar caminhões e ônibus que transportam cargas e pessoas em todo o país e dentro da composição da tarifa representa o maior gasto.
“Estamos projetando um aumento de quase 10% no valor do frete. É demais para um setor que já vem sendo fortemente prejudicado por elevadas cargas de tributos, gastos constantes em manutenção da frota e necessidade de muito investimento em segurança, por conta do crescente roubo de cargas”, afirmou o presidente do SETCERGS, Sérgio Mário Gabardo.
O vice-presidente de Transportes do SETCERGS, Diego Tomasi, chama a atenção para a possível perda de competitividade do estado do Rio Grande do Sul.
“Isso vai tornar o estado ainda menos competitivo na comparação com outras unidades federativas, não só por nossa localização geográfica mas pelo preço elevado do preço do combustível”, salientou.
O integrante da Diretoria Efetiva do SETCERGS, Vinicius Reiter Pilz, acrescenta ainda que as mudanças anunciadas para abril, trarão maior repercussão em empresas gaúchas por conta da mudança no formato de cobrança do ICMS. A alíquota unificada de 22% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços (ICMS) entra em vigor em 1º de abril, segundo a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e pelo novo regramento o maior índice de variação do país será no Rio Grande do Sul.
Biodiesel
O reajuste será sentido de forma ainda maior, por conta de uma alteração imposta pelo Governo Federal na proporção do Biodiesel dentro da formulação do combustível. A medida foi aprovada em 17 de março pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) O aumento para 12% da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel vendido no Brasil será válido, também, a partir de abril deste ano. A decisão acarretará no aumento de mais dois centavos no preço do diese nas bombas, segundo informou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.