Enquanto a indústria está buscando se engajar de forma a implementar ações para atender ao desafio do transporte sustentável, Tan Chong Meng (Foto), vice-presidente executivo da Shell para Lubrificantes, entende que o progresso necessário para desenvolver ações eficientes só é possível por meio de parcerias de longo prazo, nas quais veículos, combustíveis e lubrificantes são desenvolvidos de forma conjunta entre as empresas.
O executivo acredita que umas das melhores e mais rápidas formas de incrementar a economia de combustível e, consequentemente, reduzir as emissões de CO2 resultantes de sua utilização, é trabalhar de forma alinhada com as fabricantes originais de equipamentos.
“Precisamos de uma abordagem mais coesa entre o desenvolvimento de novas tecnologias e motores e também o desenvolvimento de uma nova geração de combustíveis e lubrificantes. Essa colaboração mais próxima trará inovação, melhor performance e muitos outros benefícios aos motoristas”, argumentou Meng, durante o Michelin Challenge Bibendum, fórum global de sustentabilidade no transporte que, neste ano, aconteceu em Berlim, na Alemanha, de 18 a 22 de maio.
Selda Gunsel, vice-presidente executiva da Shell para Tecnologia, acrescentou que, em paralelo a essa parceria colaborativa, também é necessário um pensamento mais avançado. Tomando a área de lubrificantes como exemplo, ela explicou que isso incluiria desenvolver formulações além das especificações atualmente exigidas pelo mercado, ajudando na elaboração de tecnologias para uso mais eficiente dos combustíveis.
“A demanda pela redução das emissões de CO2 nos dá um grande incentivo a olhar além da abordagem tradicional. A partir daí, a indústria terá a capacidade de desenvolver especificações apropriadas para os veículos com foco no aumento da economia de combustível,” comentou Selda.
Os benefícios de uma abordagem mais integrada pode ser ilustrada pela parceria técnica da Shell com a GMD – Gordon Murray Design, empresa britânica de engenharia. O inovador modelo de carro de cidade T.25 da GMD, com baixa emissão de CO2, foi utilizado como plataforma de testes pelas equipes de pesquisa de ambas as empresas para desenvolver novas fórmulas de óleos lubrificantes. Superando as atuais exigências da indústria, a equipe desenvolveu um lubrificante que proporcionou uma economia de combustível de até 6,5%.
Como parte do objetivo da Shell de buscar aumentar a eficiência dos combustíveis e sua certeza da necessidade de uma abordagem mais integrada, Selda também anunciou planos de estender o teste dos óleos de baixíssima viscosidade por um período maior. Estes testes serão desenvolvidos junto às fabricantes ou consultorias de engenharia para, juntas, obterem mais informações em relação ao potencial desgaste do motor ou degradação do óleo e como o design do motor e a formulação dos lubrificantes podem ser elaborados em conjunto para ajudar na criação de soluções.
“Está claro que nenhuma empresa ou uma parte da indústria alcançará sucesso se trabalhar sozinha. Nossa indústria tem um excelente histórico de inovação e estabelecimento de parcerias, e, se pudermos trabalhar ainda mais próximos no futuro, tenho certeza de que conseguiremos oferecer a nossos consumidores motores, combustíveis e lubrificantes mais eficientes e limpos nas próximas décadas”, concluiu Meng.
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