Skam tem nova direção

Desde janeiro último, a Skam Empilhadeiras Elétricas (Fone: 11 4582.6755) está sendo dirigida por um novo executivo, Paulo Coggo. Isto não quer dizer que o engenheiro Maks Behar, responsável pela criação da empresa, tenha se “aposentado”. Ele continua atuando e fazendo o que sempre mais gostou: projetando novas máquinas e cuidando da produção. “A mudança na administração se fez necessária, e o Coggo está aqui para promover uma recuperação total da Skam”, afirma Behar.

Profissionalização

O novo dirigente da Skam – que já passou por empresas como Filizola, Ceralit, Tubocap e Metalúrgica MM, na maioria delas executando o trabalho de recuperação e adequação organizacional – terá, na Skam, o papel de reorganização e profissionalização da gestão da empresa, pensando na sucessão da mesma. “Depois deste período – que pode durar até três anos – existe a possibilidade de eu continuar na direção da empresa”, destaca Coggo, acrescentando que, antes de assumir o cargo, foi realizado todo um trabalho de diagnóstico para avaliação da empresa.

O trabalho na Skam foi dividido em três etapas: diagnóstico, já concluído, planejamento e implementação do plano de melhorias. E, mesmo com o pouco tempo decorrido, os resultados já começam a aparecer. “Mudamos o foco de fabricação, e isto já está trazendo resultados. Antes, a Skam estava focada em máquinas de pequeno porte, como paleteiras, mas com custo pouco competitivo. Faremos uma reengenharia nestas máquinas, tornando-as competitivas, e também buscaremos a fabricação de máquinas de grande porte, principalmente trilaterais, para as quais, acreditamos, existe uma demanda importante em função do aquecimento da economia. Assim, tínhamos uma meta de vendas de 18 máquinas em cada um dos meses deste ano. Mas, até agora, já atingimos 26 máquinas no mês de março, 26 em abril e temos boas perspectivas para o mês de maio, com base no dia 25 de março”, afirma Coggo.

Behar também comemora estes números e acrescenta: “estamos, agora, mais focados em máquinas especiais que não são fabricadas no Brasil e que também não são importadas, visto requererem cuidados na manutenção”.

Metas

São várias as metas e as medidas que estão sendo tomadas na empresa. Está sendo realizada uma reorganização da fábrica, com a implementação de células de produção, programa 5S e organização de almoxarifados, entre outras, para ganhar velocidade de produção e obter redução de custos.

Também foi implantado o planejamento da produção e mudada a política de compra: agora, com o MRP, a compra de matéria-prima é feita com pagamento à vista e planejamento junto ao fornecedor, visando à entrega dentro dos prazos programados, minimizando os atrasos de produção.
Outra medida adotada é o investimento em treinamento e reciclagem dos funcionários e dos revendedores – visando o fortalecimento da marca –, além de terem sido contratados novos profissionais para a fábrica, como engenheiros de qualidade e para controle de custos. Com esta estrutura, também foi mudado o processo produtivo, com alterações de layout, e promovida uma otimização dos fluxos de processos.

“A mudança cultural, que geralmente é um grande obstáculo quando se parte para a reformulação de uma empresa, não foi tão sentida aqui na Skam”, comemora Coggo, dizendo que isto ocorreu pelo fato de ter havido muita conversa com os colaboradores.

Com relação ao treinamento, o executivo diz que ele está voltado para o corpo interno, representantes e revendedores, e se dá considerando que a empresa opera com venda técnica e que, às vezes, por falta de um diagnóstico técnico adequado de acordo com as necessidades do cliente e as particularidades da aplicação e do ambiente onde o equipamento irá operar, a indicação de uma máquina errada acaba comprometendo o desempenho da mesma e o nome da empresa – “este é um engano comum no mercado, e não só no caso da Skam”.

Coggo também planeja fazer a reciclagem de cada equipamento Skam instalado no mercado, e está listando as empresas envolvidas para que indiquem as suas necessidades em termos de peças. E, uma vez vendido o equipamento, a Skam quer fazer a manutenção desta máquina, envolvendo o treinamento e a reciclagem constante dos operadores, de modo que saibam usar a empilhadeira de forma correta. “Vamos focar muito o segmento de máquinas, já que temos, segundo números de dezembro último, 6.639 máquinas em operação em todo o Brasil, 4.000 apenas em São Paulo. Assim, também vamos oferecer treinamento para as grandes empresas usuárias de nossas máquinas, além de assistência direta da Skam. Vamos proporcionar um atendimento diferenciado em termos de manutenção, visando colocar uma máquina em operação em, no máximo, 12 horas”, afirma.

Outra meta também é criar postos avançados – para oferecer peças de reposição e manutenção – nos locais onde há um grande número de máquinas Skam, como em Anápolis, GO, e em Camaçari, BA. “Também vamos passar a fazer uma avaliação criteriosa dos nossos representantes. E, aproveitando o boom de equipamentos e de assistência técnica, vamos partir para a locação de máquinas. Neste caso, vamos construir a máquina de acordo com as necessidades do cliente e, em vez de vendê-la, vamos locar”, finaliza Coggo.