Desenvolver um projeto totalmente em 3D prevendo interferências e outros detalhes que a complexidade de uma estrada federal requer é o desafio da Sondotecnica, empresa brasileira de engenharia com 65 anos de experiência.
A concessionária que contratou o projeto exigiu que o modelo fosse entregue em BIM (Building Information Modeling), metodologia revolucionária que alia software, hardware e mão de obra qualificada. Na prática o BIM promove a construção virtual antes da real, o que evita, por exemplo, retrabalho em campo.
Para desenvolver este projeto a Sondotécnica tem contado com a tecnologia da Autodesk, tanto no que diz respeito às ferramentas de projeto da AEC Collection, quanto com a consultoria do time local da empresa.
“Tem sido uma fase de aprendizado, mas entendemos que este primeiro projeto é essencial para podermos de agora em diante sermos experts em BIM e dar aos nossos clientes o melhor produto possível”, afirma Fabio Bergman, diretor da Sondotecnica.
De acordo com o executivo, a maior vantagem de desenhar o projeto desta forma é a precisão em relação à obra, quando muitas incertezas são sanadas e custos adicionais evitados, gerando economia para o executor da construção.
“Pela experiência que temos, ao investir em um projeto BIM o contratante economiza de 20% a 30% na execução da obra. Se considerarmos esse valor no investimento das ferramentas necessárias para o BIM e treinamento de equipe, o projeto desta forma se autopaga”, conclui Bergman.
O projeto da estrada atualmente projetada pela Sondotecnica será entregue em outubro deste ano e corresponde à primeira parte de um projeto que tem 14 trechos. Os 13 trechos restantes serão finalizados até maio de 2020.
“Um estudo da Mcgraw Hill aponta que o uso do BIM promove a redução de retrabalho em 45%, o que é uma vantagem expressiva para quem adota esta prática em uma indústria tão grandiosa quando a da construção e engenharia”, afirma Carlos Alejandro, gerente de vendas da Autodesk Brasil.
Este mesmo estudo aponta que 85% das empresas brasileiras que começaram a implantar o BIM tiveram retorno de investimento positivo.
“Apesar de o BIM estar em fase inicial de adoção no Brasil, sabemos que isso vai, a médio e longo prazo, fazer toda a diferença no que diz respeito à infraestrutura básica do País”, conclui Alejandro.