Superávit acumulado da balança comercial ultrapassa US$ 9 bilhões

O saldo comercial brasileiro no ano superou a barreira dos US$ 9 bilhões com as operações realizadas na terceira semana de setembro. Os dados divulgados hoje pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que, no período, as exportações foram de US$ 3,670 bilhões e as importações de US$ 3,318 bilhões, resultando em um superávit semanal de US$ 352 milhões. No ano, as vendas externas somam US$ 138,429 bilhões e as compras US$ 129,333 bilhões.

A terceira semana de setembro, com cinco dias úteis, registrou média diária de exportações de US$ 734 milhões, desempenho que foi 8,4% abaixo da média de US$ 801,5 milhões verificada até a segunda semana do mês. Nessa comparação observou-se retrações nas exportações de manufaturados (-10,9%) – especialmente plataforma para a extração de petróleo, autopeças, laminados planos, automóveis, aviões, polímeros plásticos e motores para veículos – e básicos (-7,6%) – por conta de soja em grão, petróleo em bruto, carne de frango, bovina e suína, café em grão e milho em grão. As exportações de semimanufaturados cresceram (+1%), puxadas por celulose, açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, alumínio em bruto e ferro-ligas.

A média diária das importações foi de US$ 663,6 milhões, valor 6,8% acima do montante registrado no mês até a segunda semana (US$ 621,3 milhões). No período foi observado aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos e aparelhos eletroeletrônicos.

Mês

No mês, as exportações somam US$ 10,082 bilhões, com média diária de US$ 775,5 milhões. Em relação a agosto, houve crescimento de 5,2%, em virtude de produtos manufaturados (+17,6%). As exportações de básicos e semimanufaturados, na mesma comparação, registraram queda de 4,9% e 1,2%, respectivamente.

Na comparação com setembro do ano passado, quando a média diária das exportações foi de US$ 891,6 milhões, foi verificada queda de 13%,com retração nas vendas de produtos das três categorias: semimanufaturados (-20,4%) – especialmente açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, couros e peles, ferro-ligas e ouro em forma semimanufaturada – básicos (-18,9%) – principalmente minério de ferro, petróleo em bruto, fumo em folhas, farelo de soja, carne de frango e café em grão – e manufaturados (-0,3%) – devido a açúcar refinado, máquinas para terraplanagem, motores e geradores, aviões, pneus, automóveis, motores para veículos e bombas e compressores.

As importações somam US$ 8,288 bilhões, com média diária de US$ 637,5 milhões. Em relação a agosto, houve crescimento de 4,6%, principalmente por adubos e fertilizantes (+38,4%), farmacêuticos (+21,6%), instrumentos de ótica e precisão (+10,1%), combustíveis e lubrificantes (+9,8%) e aparelhos eletroeletrônicos (+5,1%). Na comparação com setembro do ano passado (média diária de US$ 934,5 milhões), o desempenho foi 31,8% menor por conta dos gastos com combustíveis e lubrificantes (-70,3%), siderúrgicos (-39,8%), veículos automóveis e partes (-29,9%), aparelhos eletroeletrônicos (-27,2%), produtos plásticos (-21,7%) e equipamentos mecânicos (-21,5%).

Ano

Até a terceira semana de setembro, as exportações totalizaram US$ 138,429 bilhões e as importações, US$ 129,333 bilhões, gerando um superávit US$ 9,096 bilhões. As exportações acumularam média diária de US$ 773,3 milhões, valor 16,3% menor que o verificado no mesmo período de 2014 (US$ 924,2 milhões). As importações apresentaram desempenho médio diário US$ 722,5 milhões, 22,1% abaixo do registrado no mesmo período de 2014 (US$ 927,3 milhões). No ano, a corrente de comércio soma US$ 267,762 bilhões, com desempenho médio diário de US$ 1,495 bilhão. O valor é 19,2% menor que o verificado em 2014 (US$ 1,851 bilhão).