O mercado brasileiro de condomínios logísticos atingiu a taxa de vacância de 19,2% no 3º trimestre de 2019, conforme aponta o estudo First Look da JLL. O índice é o menor em quatro anos, com queda de 4,0 p.p. se compararmos com o mesmo período de 2018.
O Sudeste foi responsável por 81% das absorções do trimestre, sendo que São Paulo concentrou 67% das transações. A região de Cajamar permanece sendo polo atrativo de empresas, tendo locado para o Carrefour 65 mil m² no período. Ricardo Hirata, gerente de Transações da JLL, ressalta a queda permanente na vacância do Estado. “Saímos de uma vacância de 27,7% em 2016 e devemos encerrar 2019 com uma taxa de 19,2%. Isso se deve primordialmente a projetos de alto padrão bem localizados”, relata.
Outras regiões do país registraram bons índices de absorção líquida devido a grandes contratos de locação, como Minas Gerais, em Extrema, com a Ambev, Pernambuco, com o Carrefour, e Manaus com o Aldargh Group. “Nossa expectativa é que 2019 supere 2018 em diversos índices. Este é um ano excelente em termos de expansão e novas locações”, enfatiza Hirata.
Crescimento lento, mas sustentável
O mercado permanece em equilíbrio entre proprietários e inquilinos, com perspectiva de retomada dos preços para os próximos anos, conforme tendência detectada pela pesquisa da JLL. O preço de locação pedido permanece estável, enquanto o preço negociado apresentou recuperação pelo 2º trimestre consecutivo.
Para Hirata, a tendência é de elevação dos preços finais, mas de forma gradativa. “O mercado está se recuperando de forma lenta, mas consistente. Em 2013, chegamos a ter um deslocamento de apenas 11% entre preço pedido e preço efetivamente transacionado. Em 2017, esse índice saltou para 28%. Desde então, vemos queda e agora atingimos o patamar de 18%”, explica.