A tecnologia é uma grande aliada quando se trata de gerenciar mão de obra e garantir o bem-estar dos colaboradores. Com o aumento das vendas online e o número de pedidos cada vez maior, o trabalho no armazém ficou ainda mais desafiador: as empresas precisam atender a esse volume de forma rápida e segura para cumprir a expectativa do cliente. Esse avanço no comércio eletrônico destacou a importância da produtividade e, com isso, surgiu a necessidade ainda maior de uma força de trabalho engajada e comprometida.
Nenhuma organização — grande ou pequena — quer uma equipe ineficiente, desengajada ou pouco qualificada. Os gestores precisam estar atentos ao que motiva os colaboradores e como eles podem aumentar a produtividade, observando quais equipes e indivíduos são estimulados por desafios e técnicas de gamificação nas tarefas diárias. “No entanto, na realidade, para muitos gerentes de armazém, a gestão da mão de obra ainda equivale a publicar ranking de desempenho e implementar programas de recompensas subjetivos, baseados em indicadores básicos ou mesmo injustos. Essas técnicas têm impacto limitado no engajamento dentro do centro de distribuição”, explica Marco Antonio Beczkowski, diretor de vendas e CS na Manhattan Associates, líder global em soluções para a cadeia de suprimentos. Agora, mais do que nunca, o uso da tecnologia e da gamificação para aumentar o engajamento e a motivação dos colaboradores é essencial.
Automação para aumentar a eficiência
A combinação de automação e robótica melhora a eficiência nos processos do armazém, permitindo que os trabalhadores se concentrem em tarefas que os robôs não podem concluir. O uso crescente de inovação também aperfeiçoou áreas como previsão e visibilidade em todas as cadeias de suprimentos, permitindo que os Centros de Distribuição (CDs) se comuniquem melhor com outras partes da rede e movam o estoque livremente conforme necessário.
Para Marco, os ambientes de separação de pedidos devem usar uma combinação de automação e força de trabalho humana para obter os melhores resultados. Segundo ele, um Warehouse Management System (WMS) tradicional pode gerenciar a atribuição de tarefas de picking, mas quando se trata de automação, esses sistemas nem sempre a gerenciam da maneira mais eficaz. “Os Warehouse Execution Systems (WES) têm se mostrado eficazes para que os varejistas tenham a flexibilidade de escolherem diferentes tipos de tecnologia e fornecedores de automação, garantindo que eles sejam orquestrados não de forma isolada um do outro, mas harmoniosamente de acordo com visão e estratégia macro”, explica.
A tecnologia também garante maior facilidade e velocidade de implementação porque requer menos desenvolvimento de interfaces. Unindo as tecnologias de WMS, WES, Labor Management e Gamificação é possível garantir que pessoas e máquinas atinjam seu pleno potencial. “Na verdade, a tecnologia WES pode incorporar fluxo de pedidos, separação sem ondas e colegas de trabalho robóticos em um só lugar, criando um ambiente de armazém muito mais eficiente e simplificado”, pontua.
Pessoas e máquinas em harmonia
Tecnologias como voz, automação, robótica e pick to light não são novas, mas os avanços nos últimos anos trouxeram mudanças reais nas operações de separação de pedidos. De acordo com Marco, há uma percepção equivocada de que com os robôs não serão necessárias pessoas nos armazéns, mas os armazéns mais eficientes são aqueles que usam pessoas e máquinas em harmonia – mais ‘cobots’ do que robôs. “Um ótimo exemplo de onde os robôs podem aumentar a eficiência é a movimentação de mercadorias e pedidos. Os colaboradores geralmente gastam até 50% de seu tempo caminhando para pegar um pedido, então, ao passar mercadorias para robôs, eles podem reduzir significativamente esse número, liberando tempo para que o elemento humano da força de trabalho seja mais eficiente e eficaz em todo o resto do armazém”.