O Complexo Portuário do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, celebra o acordo firmado entre o Terminal de Contêineres do Grupo Wilson Sons (Tecon) e a empresa sul-coreana Hyundai Merchant Marine (HMM) para que o porto se torne um hub logístico do Conesul da gigante asiática.
Essa é a primeira vez que um porto da região Sul do país será o primeiro porto da rota com aquele continente sem a necessidade de realização de escalas em outros portos brasileiros anteriormente, melhorando o chamado “transit time” para o mercado gaúcho e do Prata.
Esta parceria inédita com a HMM e a BTL visa não apenas entregar um serviço mais eficiente para os clientes de carga do Sul do Brasil, da Argentina e do Uruguai, mas também estabelecer um marco na história da logística marítima, trazendo um impacto positivo na cadeia logística da costa leste da América do Sul.
De acordo com o diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti, “a nossa conquista evidencia o Porto do Rio Grande por sua posição estratégica e condições de acesso, pelo pioneirismo e investimentos do nosso terminal planejados desde 1997 em infraestrutura visando os próximos 50 anos, e por nossa excelência operacional”.
Com a implementação do serviço “feeder”, operado pela BTL, os países vizinhos serão atendidos por embarcações de menor porte, garantindo maior eficiência e confiabilidade nas entregas.
“É um momento de muita comemoração por este importante passo na concretização do nosso Complexo Portuário, dos nossos ativos, como um diferencial logístico do Brasil, e principalmente do Conesul. Esse novo serviço firmado entre o Tecon e a HMM trará uma importante movimentação de contêineres para o porto do Rio Grande, fortalecendo assim o cumprimento das nossas estratégias”, avaliou o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger.
O terminal, que registrou em 2023 uma movimentação de 663,4 mil TEUs, vislumbra um aumento significativo em suas atividades. Estima-se que a nova operação “feeder” possa movimentar até 170 mil TEUs por ano, o que representa não apenas um incremento na utilização das instalações portuárias, mas também uma contribuição substancial para a economia regional e nacional. Esta mudança estratégica não é apenas uma questão de ampliar capacidades operacionais, mas sim de posicionar o porto do Rio Grande como um pivô essencial no comércio marítimo internacional. Com a previsão de que o serviço “feeder” abra caminho para futuras expansões e atraia mais parcerias, a Portos RS se prepara para receber a operação logística com otimismo e infraestrutura pronta.