Terminais Portuários de São Paulo e Rio de Janeiro têm nível de segurança elevado e estado de alerta

As implicações da paralisação, que já dura cinco dias, avançam em direção aos terminais de uso privado (TUP), e preocupa a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), principalmente, em relação aos TUP que operam com o petróleo. De acordo com o presidente da entidade, Murillo Barbosa, o efeito cascata poderá ser sentido na cadeia logística.

De acordo com a ATP, o óleo cru levado até as refinarias, sem a vazão necessária por falta de escoamento das distribuidoras de combustíveis, poderá se acumular nos terminais. “Se não for possível esse escoamento do petróleo recebido, levando ao limite a capacidade de armazenamento, haverá a interrupção de operação do terminal”, enfatizou Barbosa.

SEGURANÇA PORTUÁRIA – O alerta chegou às esferas públicas de segurança portuária. Por meio de portarias da Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Comportos), os terminais do Rio de Janeiro e São Paulo foram elevados para o nível de segurança dois, um estado de alerta adotado quando há riscos relativos a invasão, desvios ou intervenções de cargas.

Os portos cariocas e paulistas terão que adotar medidas de proteção, conforme os Planos de Segurança respectivos, como controles mais efetivos de acesso de pessoas às áreas de píer e de embarque/desembarque de tripulação dos navios. Entre as ações para reforçar a segurança dos terminais, previstas pelo Comportos, estão o aumento dos profissionais de segurança, realização de revistas em veículos, pessoas e bagagens, monitoramento, por imagem, dos locais onde possam ocorrer comportamento de risco a pessoas ou às operações portuárias.

SEM ACESSO – Entre os resultados da greve sobre os terminais privados está a diminuição do acesso das cargas, via terrestre, aos TUP. Importantes terminais já tiveram redução do número de veículos de expedição de carga para abastecimento de suprimentos em geral. Em alguns terminais, a queda chegou a 80%.