Cobertura: Carol Gonçalves
O Teca – Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado em Guarulhos, SP, atingiu em junho último 44% de market share em toneladas no setor de importação, o que representa um recorde para a empresa.
Durante evento com a imprensa para apresentação dos resultados e novidades no setor de cargas, Gustavo Figueiredo, CEO do GRU Airport, disse que esta área representa quase 40% das receitas da companhia. “Trabalhamos para desenvolver cada vez mais estruturas e serviços para os usuários do transporte de cargas. Do ponto de vista da sustentabilidade, estamos mantendo os investimentos propostos”, ressaltou.
Desde 2013, os aportes feitos do Teca já proporcionaram aumento de 76% na capacidade de armazenagem. Foram mais de R$ 45 milhões direcionados para reestruturação e ampliação da capacidade do armazém, melhoria na gestão de segurança, implementação de novo sistema operacional (WMS), construção de câmara fria e expansão da malha aérea cargueira.
Em maio último, foi entregue um armazém dedicado a carga perigosa para exportação. Com 258 posições-palete e 533 m², a área possui sete módulos separados em líquidos inflamáveis, tóxicos, gases, miscelâneos e comburentes, entre outros, possuindo um local fechado para produtos radioativos.
O aeroporto investe também na automação do seu processo, melhorando a eficiência dos prazos médios de desembaraço. Desde janeiro do ano passado, a área de Atendimento ao Cliente do Terminal de Cargas passou a receber os documentos para liberação das cargas importadas de forma eletrônica. De acordo com Leandro Pinheiro, gerente do Teca GRU Airport Cargo, a digitalização do processo possibilita atendimento mais eficiente e ágil, pois elimina a necessidade da presença física do solicitante dos serviços e a emissão de diferentes documentos em papel. O sistema reduziu em 20% o tempo médio para liberação de cargas importadas (de 84h para 64h).
Como novidade para este ano, é esperada a entrega da antecâmara para climatização, com 800 m². O espaço contará com 360 posições-paletes para cargas que requerem temperatura ambiente entre 16°C e 22°C.
Já para 2020, será investido na modernização dos transelevadores, que possuem 17.000 posições-palete, com controle automatizado de movimentação da carga, e em novos softwares de gestão. O objetivo para o próximo ano também é obter o AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, atestando que o local possui as condições de segurança contra incêndio. As adequações e adaptações já estão em andamento.
Além disso, o aeroporto almeja obter as principais certificações internacionais até o final de 2020, em especial a Iata Ceiv Pharma, que avalia os mais altos índices de segurança, conformidade e eficiência em instalações, equipamentos, operações e profissionais relacionados ao setor farmacêutico.
Atuação
O GRU Airport Cargo possui o maior complexo frigorífico em aeroportos do Brasil, com 87.000 m³ de capacidade de armazenamento de exportação e importação, além de 43.000 m³ para armazenagem de cargas nacionais. Há, ainda, 26.000 m³ de capacidade de armazenamento de produtos farmacêuticos e perecíveis. Suas 21 câmaras frias atendem todos os ranges de temperatura.
O ponto forte do GRU é, justamente, o transporte de produtos farmacêuticos, possuindo 65% no market share no Estado de São Paulo. O foco agora, segundo Pinheiro, está no setor de eletroeletrônicos. “Buscamos a liderança no transporte aéreo deste segmento. Queremos atrair essas cargas para o aeroporto, pois oferecemos segurança e estrutura para lidar com produtos de alto valor agregado”, disse.
Além de todas as capitais e grandes cidades do Brasil, o Teca interliga ainda 33 países. São mais de 790 voos diários, operados por 41 empresas aéreas nacionais e internacionais, para 96 aeroportos.