A Polícia Federal cumpriu ontem (11) nos estados do Amapá, Pará e Rio de Janeiro doze mandados de busca e apreensão dentro da Operação Toque de Midas, desencadeada esta manhã para investigar fraudes no processo de concessão da Estrada de Ferro do Amapá.
No Rio de Janeiro, três mandados estão sendo cumpridos na casa do empresário Eike Batista, cuja empresa MMX assumiu o controle da estrada de Ferro do Amapá, em março de 2006; em uma das empresas do grupo EBX, de propriedade dele; e outro na casa de um dos seus administradores.
As informações, entretanto, estão concentradas na unidade regional da Polícia Federal do Amapá, esclareceu a assessoria de imprensa da PF, no Rio. De acordo com nota da PF, teriam sido encontrados indícios de direcionamento da licitação da estrada de Ferro do Amapá para que a concorrência fosse vencida por empresas do mesmo grupo. Esse direcionamento envolveria o ajuste prévio de cláusulas, que fossem favoráveis ao referido grupo econômico, o que afastaria outros possíveis interessados na concessão.
A Operação Toque de Midas investiga também o desvio de ouro lavrado nas minas do interior do Amapá. Existem suspeitas de sonegação do minério nas declarações perante órgãos de arrecadação de tributos, em especial a Receita Federal.
O Sistema MMX, criado por Eike Batista para as operações no estado do Amapá, reúne a Mina Amapá, com capacidade potencial de produção de até 6,5 milhões de toneladas de minério de ferro anuais e a Estrada de Ferro do Amapá. A estrada é responsável pelo transporte de minério do Amapá para o Porto de Santana, localizado às margens do rio Amazonas.
Fonte: Agência Brasil
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.