A empresa de logística Transplex prevê investimentos de R$ 300 milhões nos próximos quatro anos para expandir as suas operações no Brasil. A maior parte será para a construção de Centros de Distribuição, além do aumento da frota de veículos e da abertura de filiais nas principais regiões do País.
Criada há 12 anos pelo H. Egidio Group, com sede em Aparecida de Goiânia, GO, a Transplex é especializada em logística de produtos hospitalares e farmacêuticos e já está entre as maiores deste segmento em Goiás. Inicialmente operava como transportadora, mas em 2022 foi habilitada pelos órgãos reguladores para atuar como Operador Logístico.
Somente no ano passado, o volume de carga transportada pela Transplex cresceu de 600 mil toneladas por mês para 1 milhão de toneladas/mês. A empresa tem como meta crescer 30% em 2024, para alcançar a operação média de 1,3 milhão de toneladas/mês de cargas armazenadas e transportadas.
Este rápido crescimento pode ser explicado pela expertise de 38 anos do H. Egidio Group no mercado farmacêutico. “Conhecemos os produtos, o segmento em que nossos clientes atuam, temos uma Operadora Logística especializada e nossos armazéns são adequados para a operação. Tudo isso explica o nosso rápido crescimento”, afirma Enos Viana da Silva, gerente de Logística da Transplex.
Assim como outros grandes Operadores Logísticos, a Transplex conta com empresas transportadoras parceiras (atualmente são 30), que dão o suporte, segurança e a agilidade necessárias a esse tipo de operação. Essa estratégia permite que a empresa tenha uma frota própria reduzida, de 12 carretas, que atuam principalmente na Região Metropolitana de Goiânia e no Distrito Federal.
“O foco da Transplex não é ter uma frota grande, mas atuar em parceria com transportadoras na distribuição de produtos hospitalares em todo o País. Atualmente, esta operação envolve cerca de 1 mil veículos”, explica Silva.
Centros de Distribuição
A Transplex conta com 35 mil posições em Centros de Distribuição. Com os investimentos que estão programados para até 2027, a meta é chegar a 100.000 posições/paletes, o que tornará ainda mais competitiva no mercado nacional. O primeiro CD da Transplex está em construção em Aparecida de Goiânia, com 10 mil posições. O município goiano ainda terá um segundo CD, com mais 10 mil posições.
Outro CD, quatro vezes maior, será construído em Hidrolândia, também na Grande Goiânia, com capacidade para 40 mil posições. E o quarto Centro de Distribuição da empresa será construído em Anápolis, GO, com a mesma capacidade, totalizando a meta de 100 mil posições até 2027.
A Transplex vai abrir três filiais: no Espírito Santo, São Paulo e no Distrito Federal. E também se movimenta para abrir uma quarta filial na Região Sul do País. Já os investimentos na frota própria têm como meta ampliar o os atuais 12 veículos para 100, de acordo com o crescimento da demanda nos próximos anos.
“Com estes novos investimentos, vamos ampliar a nossa capacidade de armazenagem, reduzir o nosso custo operacional e sermos mais efetivos nas negociações com os nossos parceiros e clientes. Inclusive, poderemos operar em novos segmentos que ainda não estão no nosso radar”, diz o gerente de Logística.
Vantagens competitivas
Das cargas operadas pela Transplex, cerca de 85% são produtos hospitalares e os 15% restantes são matéria-prima para a indústria farmacêutica ou produtos de parceiros. O transporte e armazenagem de produtos hospitalares exigem alto nível de especialização. As cargas não podem ser colocadas no chão ou no piso dos veículos, por exemplo. Além disso, devem permanecer o tempo todo em temperatura controlada e registrada.
“Os profissionais que movimentam esses produtos precisam ser treinados para que entendam as identificações que estão nas caixas, respeitem os limites de empilhamento e os cuidados preconizados para o manuseio. Toda a cadeia de transporte e armazenagem precisa ser devidamente habilitada. Fazemos, inclusive, o treinamento dos nossos parceiros”, enfatiza o gestor. A Transplex utiliza o conceito de gestão de armazéns WMS; todo o processo de recebimento e armazenagem dos produtos é digitalizado. “Além disso, é necessário conhecer bem o perfil dos clientes, pois sabemos das urgências que os hospitais têm em receber esse tipo de produto. Eles não formam estoque, então precisamos chegar rapidamente com os produtos até eles e ser assertivos nas entregas.”