Imagine a cena. Você adquiri um produto de uso pessoal ou alimentício e descobre que a embalagem do mesmo foi violada por insetos. Imagine, ainda, exportar seus produtos e, no país de destino, após inspeção fitossanitária, seu embarque é barrado, pois seus paletes e caixas estão apresentando ataque de insetos ou bolor, ou ainda dos dois. E todo o embarque é devolvido.
Para enfrentar problemas como este surgiu, há 3 anos, a Biomicrotec Sanitização, empresa especializada que atua em duas áreas. A primeira, denominada Divisão Madeira, envolve o tratamento químico de madeiras em geral, paletes, caixas e engradados destinados à exportação e ao mercado interno. A segunda, Divisão Sanitização, é voltada para o tratamento de pragas urbanas em residências, comércio, indústria, galpões, etc.
Segundo conta Solange Paulino da Costa, sócia-gerente da Biomicrotec, é cada vez maior o número de países que vêm determinando normas rígidas quanto à sanidade das embalagens e paletes de madeira que vão entrar em seu território. “Para evitar qualquer tipo de transtorno ou prejuízos, muitas empresas já vêm fazendo o tratamento de suas embalagens, que é acompanhado de certificado contendo todos os dados do produto aplicado, dados do técnico responsável, dados da empresa com seu registro no órgão competente, número do alvará de funcionamento e demais informações pertinentes. Os benefícios trazidos por nossos serviços ficam claros quando o produto chega ao seu destino, sem nenhum problema de pragas, e a fiscalização fitossanitária libera a carga sem entraves.
E mais: somente utilizamos produtos registrados nos órgãos competentes e aceitos internacionalmente, evitando-se, assim, maiores problemas com as legislações locais.”
Exportação
Ela também destaca que, além da proteção oferecida aos produtos contidos nas embalagens, há a preocupação da não proliferação, tanto no caso da importação quanto da exportação, de pragas, pois podem, sem dúvida, trazer prejuízos incalculáveis ao meio ambiente. “Quanto ao operador logístico, muitas vezes ele tem produtos estocados por longo tempo em uma mesma locação e, se tiver praga no local, sem dúvida está poderá danificar sua embalagem e até o produto nela contido.”
E ressalta que, no caminho contrário, de recebimento, a portaria 499 do Ministério da Agricultura abrange a situação de importação de madeira, embalagens, paletes, etc., e exige certificado de origem de que o produto foi tratado. Caso não o tenha sido, o desembaraço torna-se difícil, quando não impossível.
Solange explica, também, que o controle de pragas, de uma forma geral, é feito tomando como base o efeito desejado. Ou seja: no caso de as pragas já estarem instaladas e ativas, são tomados os seguintes procedimentos: identificação da praga; estudo e levantamento da área ou objeto atacado; estudo logístico do combate e produtos a serem utilizados, bem como métodos de aplicação; aplicação dos trabalhos; levantamento dos resultados; e ações preventivas contra novos ataques (monitoramento). “No caso de não haver pragas, fazemos um estudo de possíveis pragas da região; estudo e levantamento da área ou objeto a ser preservado; elaboramos a logística de prevenção, a aplicação e o levantamento dos resultados e o monitoramento. É bom lembrar que, no caso das embalagens e paletes, atuamos corretiva e preventivamente no combate as pragas. E estamos equipados para aplicar tratamento em qualquer ponto do processo logístico, como no fabricante da embalagem/paletes, no operador logístico ou no usuário final”, explica a sócia-gerente da Biomicrotec.
Ela também enfatiza que, como se tratam de itens volumosos, uma equipe é deslocada até o local do tratamento. “A forma de tratamento, bem como o produto a ser utilizado, são definidos pela equipe técnica, levando-se em conta todas as condições encontradas em nossos clientes. Hoje contamos com uma gama de clientes nas áreas indústriais montadoras, farmacêuticas, gráficas, alimentícias, fabricantes de embalagens e paletes e operadores logísticos”, finaliza.
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