Apenas três grupos empresariais apresentaram estudos para orientar o governo a fazer a concessão de quatro aeroportos, Fortaleza (CE), Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS), prevista para o segundo semestre de 2016.
O prazo para entrega se encerrou nesta segunda (26) e, dos 11 grupos que pediram autorização para realizar esses estudos, apenas três entregaram o trabalho. Na primeira rodada de concessão de aeroportos (com Guarulhos, Brasília e Viracopos), em que as condições de disputa foram semelhantes à atual, quatro empresas entregaram estudos.
Desses três grupos, apenas um fez estudos para todos os aeroportos previstos. Esse grupo é formado pelas empresas Moysés & Pires Sociedade de Advogados, BF Capital Assessoria em Operações Financeiras, JGP Consultoria e Participações, Logit Engenharia Consultiva, Proficenter Negócios em Infraestrutura e Infraway Engenharia.
Já o grupo formado pelas empresas Verax Consultoria e Projetos, Empresa Brasileira de Engenharia de Infraestrutura, Fernandes Arquitetos Associados, Geo Brasilis apresentou estudos para os dois aeroportos do Nordeste.
Os estudos, que mostram se os aeroportos são viáveis para serem concedidos, quais obras são necessárias e os custos para realizadas, têm que ser aprovados pela Secretaria de Aviação Civil que pretende referendá-los ou não até novembro. No caso em que há mais de um trabalho, o considerado melhor deles será escolhido e servirá como base para o governo preparar os editais de concessão que vão ainda passar por audiência pública e aprovação do Tribunal de Contas.A Concremat Engenharia e Tecnologia aliada ao Grupo Egis e ao Lenc Laboratório de Engenharia e Consultoria apresentou trabalho apenas para o aeroporto de Fortaleza.
Rafael Quinane, sócio da BF Capital, que realizou os estudos para quatro aeroportos, afirmou que o modelo de concessão de aeroportos está consolidado com os dois leilões realizados anteriormente, o que tende a atrair a atenção dos atuais concessionários e de novas empresas que pretendem entrar no mercado. Para ele, o desafio para fazer a concessão dessas quatro unidades será o cenário macroeconômico até o leilão.
“O cenário macroeconômico para o leilão no ano que vem é completamente diferente dos dois primeiros. Isso é um desafio. Mas, por outro lado, há um modelo consolidado, que levou os aeroportos a uma visível diferença de qualidade e que criou um mercado concorrente”, afirmou Quinane.
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