As vendas online foram um dos poucos pontos positivos que permaneceram no varejo brasileiro durante o último mês de agosto, de acordo com o SpendingPulse, relatório mensal sobre o varejo da MasterCard. O e-commerce cresceu 17.2% no mês, em relação ao mesmo período do ano passado, o maior crescimento do canal em 2015. Por outro lado, as vendas totais do varejo (exceto automóveis e materiais de construção) decresceram 4.7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O declínio médio dos últimos três meses foi também de 4.7%, abaixo dos 3.6% de queda observados no segundo trimestre.
“O Dia dos Pais, considerada a quarta data mais importante do varejo brasileiro, não causou grandes impactos no varejo. Na maior parte dos setores, o crescimento intramês teve uma ligeira tendência de redução”, afirmou Kamalesh Rao, diretor de Pesquisa Econômica da MasterCard Advisors.
O relatório ainda aponta que quatro dos sete setores tiveram crescimento acima do indicador de vendas totais: artigos farmacêuticos, móveis e eletrodomésticos, material de construção e artigos de uso pessoal e doméstico. Os setores de vestuários combustíveis e supermercados tiveram desempenho abaixo. Em particular, o setor de supermercados caiu 5,8% em agosto, e com uma queda de 6,3% na média neste ano. A conjuntura econômica ainda continua com grandes desafios e isso ainda deverá pesar no desempenho dos supermercados nos próximos meses.
Enquanto isso, as vendas de e-commerce continuam a ganhar espaço. O crescimento médio das vendas eletrônicas no trimestre foi de 14,3%, acima dos 9,8% no segundo trimestre do ano. Os setores de móveis, eletrônicos, artigos farmacêuticos e vestuários tiveram um desempenho superior à média do canal de distribuição, enquanto o setor de hobby & livraria ficou abaixo do crescimento do canal.
O cenário econômico permanece extremamente desafiador, ressalta Rao. “Considerando a elevada taxa de desemprego, desaceleração da massa salarial, câmbio instável e altas taxas de juros, todos esses fatores continuarão a pesar sobre o ambiente varejista nos próximos meses”.
Regiões brasileiras: Nenhuma região conseguiu registrar números positivos. As regiões Centro-Oeste (–3,8%), Nordeste (–4,4%), Sul (–4,6%) tiveram desempenho acima da média, enquanto Norte (–6,3%) e Sudeste (–4,8%) ficaram abaixo do registrado pelo varejo, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
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