A Volkswagen está investindo R$ 200 milhões na fábrica de São Bernardo para modernização da planta, localizada na Via Anchieta. O objetivo é adaptar a unidade para a produção da nova Saveiro. A empresa aposta no lançamento da picape leve para alavancar as vendas da marca no Brasil.
O modelo – na versão anterior – já era produzido no parque fabril do Grande ABC. Entretanto, para que a nova geração da caminhonete pudesse ser feita em São Bernardo, a planta precisou passar por alterações nos processos nas áreas de estamparia, armação, pintura e montagem final.
Segundo a empresa, o setor de estamparia ganhou equipamentos de medição e nova esteira para inspeção das peças da superfície, enquanto a seção de armação foi reforçada com instrumentos para junção da tampa dianteira do automóvel. Para a pintura, foram implantados dispositivos específicos para a colocação de apliques no veículo, como o novo friso para a lateral externa e para as soleiras do modelo Cross. A montagem final recebeu instalação de mecanismos para encaixe do painel, além de sistema conhecido como manipulador, que serve para transportar, centralizar e encaixar o conjunto das partes do carro, facilitando a montagem e a fixação na carroceria.
Em nota, o presidente da Volkswagen do Brasil, David Powels, afirmou que “as qualidades da nova Saveiro certamente ajudarão a marca a conquistar novos clientes no Brasil e novos mercados para exportação”. Questionada pelo Diário sobre estimativas para geração de empregos, a empresa não soube informar.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC afirma que os investimentos na fábrica de São Bernardo já haviam sido assegurados em 2012, quando a categoria e a montadora assinaram acordo coletivo válido até 2017. Entre outros itens, a convenção prevê reajustes salariais anuais pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais aumento real de 2%.
GENERAL MOTORS
Terminou sem acordo a reunião realizada ontem entre integrantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano e representantes da direção da General Motors. Os trabalhadores buscam alternativa para que a empresa desista de demitir cerca de 1.000 funcionários da fábrica da cidade. O principal impasse é o fato de a companhia insistir na revogação da cláusula do acordo coletivo que prevê estabilidade para os operários acidentados ou que possuem doenças ligadas à atividade profissional.
Outra condição apresentada pela GM para não efetuar os cortes é congelar os aumentos neste ano, que seriam substituídos por um abono salarial. Para 2017, haveria reposição de metade da inflação acumulada no ano. A correção no valor dos vencimentos seria normalizada apenas em 2018.
O sindicato pede a renovação do lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) de 1.700 pessoas, que vence em abril, por mais sete meses. Com isso, a turma ficaria afastada até novembro. Nova reunião está marcada para terça-feira no período da manhã.
Fonte: Diário do Grande ABC